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EUA acusam China de se beneficiar de filiação à OMC sem realizar reformas

Por
Estadão Conteúdos

Os Estados Unidos lideraram um grupo de países que acusaram a China de se beneficiar da filiação à Organização Mundial do Comércio (OMC) sem promover as reformas para se afastar do caráter estatal de sua economia em direção a políticas voltadas ao livre mercado.

As críticas foram feitas no âmbito da revisão formal das práticas comerciais chinesas, no ano em que a entrada da segunda maior economia do planeta na OMC completa 20 anos.

Segundo comunicado divulgado nesta sexta-feira pelo Escritório do Representante de Comércio (USTR, na sigla em inglês) dos EUA, os membros identificaram uma série de “problemas” no regime de comércio adotado pelos chineses, entre eles políticas industriais domésticas que prejudicam concorrentes internacionais, além de medidas de preferência a estatais.

Os integrantes também reclamaram de obrigações de transferência tecnológica, normas “inadequadas” de propriedade intelectual, falta de transparência regulatória, uso de trabalho forçado e regras sanitárias “problemáticas”.

“Vários membros instaram a China a assumir responsabilidades na OMC proporcionais a seu peso econômico e sua estatura como um dos maiores comerciantes do mundo, inclusive evitando reivindicar benefícios que corresponderiam a um país em desenvolvimento nas negociações em andamento”, diz a nota.

As acusações são feitas em um contexto de crescente antagonismo entre Washington e Pequim, intensificado durante a gestão do ex-presidente americano Donald Trump e mantida durante o governo do atual líder da Casa Branca, Joe Biden.