Os Estados Unidos tiveram a recuperação mais robusta do choque da pandemia de covid-19 entre todas as potências do Grupo dos Dez (G10), enquanto a zona do euro enfrenta um ciclo de desinvestimento que pode ser extrapolado para uma desaceleração da atividade na região a médio prazo, segundo avalia o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), em relatório divulgado nesta quinta-feira, 27.
“Os EUA são a única economia desenvolvida em que os níveis de consumo privado real e formação bruta de capital fixo superam os patamares anteriores à pandemia”, analisa o IIF, citando o forte estímulo fiscal no país como o motor da recuperação.
Em posição contrária, a zona do euro parece ter entrado em um ciclo de desinvestimentos que pode fazer com que a atividade do bloco desacelere no médio prazo. A região, porém, viveu um período de maiores investimentos antes da crise, e por isso o IIF argumenta que é possível que os baixos níveis atuais ocorram por causa do ciclo anterior. “No entanto, não estamos inclinados a acreditar nessa explicação e vemos o risco crescente de que a zona do euro possa estar entrando em uma queda prolongada de investimentos”, completa.
Quanto a emergentes, a instituição cita África do Sul, Colômbia, Filipinas e Malásia entre os países que apresentam trajetórias similares ao da zona do euro.
A Colômbia, no entanto, teve um salto do consumo privado real por conta da política fiscal estimulante, assim como Chile e Turquia, segundo a análise.