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Maioria das Bolsas da Ásia fecha em queda, com sinais de crescimento fraco

A maioria das bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quinta-feira, à medida que o mercado se vê pressionado por uma perspectiva de crescimento mais fraco na região, após as exportações do Japão desacelerarem e em meio aos persistentes temores à respeito da atividade na China, que tem relaxado restrições contra a covid-19, mas sem abrir mão de sua política de “covid-zero”. Neste ambiente, ações do setor de tecnologia puxaram as perdas nos mercados locais.

Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,35%, a 27.930,57 pontos. Investidores olharam dados da balança comercial japonesa e falas do presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda. As exportações no país tiveram crescimento anual de 25,3% em outubro, abaixo dos 28,9% registrados em setembro. O movimento é um mau sinal, pois sugere enfraquecimento da economia global, avalia a Pantheon Macreconomics.

Na seara monetária, Kuroda voltou a reafirmar seu compromisso com a política extremamente relaxada do BoJ, que pretende sustentar a inflação em um patamar de 2%, meta do BC japonês.

Na China, a bolsa de Xangai fechou em queda de 0,15%, a 3.115,43 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen composto subiu 0,06%, a 2,039.21 pontos. A estratégia rígida de Pequim para conter o coronavírus permanece no foco dos mercados. Em relatório publicado recentemente, o Barclays alerta que a chamada “covid-zero” deve contribuir para um cenário de estagflação da economia global – quando há crescimento baixo e inflação elevada.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,15%, a 18.045,66 pontos, e o sul-coreano Kospi cedeu 1,39%, a 2.442,90 pontos. Em ambos os índices, as baixas foram puxadas por ações do setor de tecnologia.

A NetEase despencou 9,05% em Hong Kong e liderou as perdas, após a Blizzard anunciar que vai suspender seus serviços de jogos eletrônicos na China.

Já em Seul, a gigante Samsung Electronics caiu 2,1% e a fabricante de chips de memória SK Hynix recuou 4,2%.

Entre outros mercados, o índice taiwanês Taiex fechou em baixa marginal de 0,01%, a 14.535,23 pontos, enquanto o australiano S&P/ASX 200, na Oceania, teve alta de 0,19%, a 7.135,70 pontos.


Bolsas de NY fecham em queda, com varejo, Fed e crise geopolítica

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quarta-feira, 16, em sessão marcada pelos resultados negativos das empresas de varejo e pressões geopolíticas causadas pelo míssil que atingiu a Polônia. Ainda, falas de dirigentes do Federal Reserve estiveram no radar de investidores.

O índice Dow Jones caiu 0,12%, aos 33553,83 pontos , o S&P 500 caiu 0,83%, aos 3958,79 pontos e o Nasdaq recuou 1,54%, aos 11183,66 pontos.

Nos Estados Unidos, diversos dirigentes do Fed vêm indicando uma desaceleração no ritmo do aumento da taxa de juros. Hoje, a presidente da distrital de Kansas City, Esther George, defendeu as altas, mas destacou que o ritmo deve ser menor. A fala é semelhante com a de outros dirigentes, como a vice-presidente da instituição, Lael Brainard, e o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker. Já o presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, disse mais cedo que restaurar a estabilidade de preço é de “importância primordial”.

O Departamento do Comércio divulgou que as vendas no varejo dos Estados Unidos subiram 1,3% entre setembro e outubro, resultado melhor que o esperado pelo mercado. Entretanto, segundo análise da Oanda, os dados geraram temores de que a economia americana possa ser “resiliente demais” e, portanto, propensa a mais aumentos das taxas de juros por parte do Fed, deixando investidores mais cautelosos.

Ainda, apesar dos bons resultados do setor, a varejista Target fechou em baixa de mais de 13%, após reportar queda nas vendas. A Macys e a Kohl’s tiveram baixa de mais de 7%.

As incertezas quanto à geopolítica seguem elevadas, o que também diminui o apetite por investimentos. Mais cedo, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Adrienne Watson, anunciou que está certa de que a explosão foi resultado de um míssil ucraniano de defesa. Já o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou que não houve um “ataque deliberado” da Rússia à Polônia, mas responsabilizou Putin pela situação.


Dantas: TCU vê Bolsa Família como melhor desenho e aponta problemas em Auxílio

O presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, afirmou nesta quarta-feira, 16, que um dos relatórios entregues ao governo de transição aponta que o desenho do Bolsa Família, criado nos governos do PT e substituído pelo Auxílio Brasil por Jair Bolsonaro (PL), se apresentou como o programa mais eficiente para combate à pobreza e redução de desigualdade. Dantas ainda antecipou que o TCU deve finalizar nas próximas semanas uma ampla avaliação do Auxílio Brasil, a qual deve indicar que o programa tem incentivado o fracionamento de núcleos familiares para obtenção de mais recursos pelos beneficiários. O levantamento ainda vai conter uma comparação entre o Auxílio Brasil e o Bolsa Família.

Ao lado do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), Dantas afirmou que, com menor volume de recursos, o Bolsa Família consegue reduzir a pobreza em porcentual “muito maior” que em qualquer outro programa. “Foi feita uma comparação entre seis programas”, disse Dantas, que foi ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) para entregar quatro relatórios produzidos pelo TCU ao governo de transição. O que trata do Bolsa Família é um documento de fiscalização das políticas públicas de 2021. Além dos programas de assistência social, o estudo analisa cinco programas emergenciais de acesso ao crédito criados durante a pandemia da covid-19.

Sobre o processo de análise ampla do Auxílio Brasil, Dantas afirmou que há expectativa de levar o caso a julgamento no TCU nas próximas semanas. O ministro disse que pedirá prioridade ao relator do assunto, para que as conclusões possam ser apresentadas ao governo de transição ainda em dezembro. “Algumas das conclusões, que auditores ainda estão finalizando, são no sentido de que o Auxílio Brasil tem incentivado o fracionamento de famílias. Isso tem prejudicado famílias que não conseguem ser fracionadas”, afirmou.

A entrega dos relatórios realizada hoje ao governo de transição partiu de um pedido feito por Alckmin na semana passada. “O TCU recebeu solicitação que nós tratamos como uma requisição de informações que veio da transição. O TCU tem radiografia perfeita de funcionamento da máquina pública e compartilhamos informações relevantes”, disse Dantas.


B3: ETFs que pagam dividendos devem chegar à Bolsa em janeiro de 2023

A listagem de fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês) com distribuição de proventos tem sido uma das prioridades na B3 neste ano, e a expectativa é que isso se torne uma realidade a partir de janeiro. “É uma demanda antiga do mercado e chegou o momento de viabilizarmos isso”, afirmou Gabriela Shibata, executiva responsável pela área de “Produtos Cash” da B3, em painel promovido em parceria com a gestora Investo e a Associação Brasileira de Assessores de Investimentos (Abai) na tarde desta quarta-feira.

A grande maioria dos ETFs listados na B3 hoje segue índices total return, onde todos os proventos dos ativos da cesta são reinvestidos nas cotas. Para a distribuição de proventos, os ETFs devem seguir índices price return.

Há algum tempo que a B3 trabalha para que esse novo tipo de ETF chegue à Bolsa, mas havia uma restrição de sistema e o aguardo pela maior maturidade de mercado e demanda, segundo Shibata. A executiva ainda contou ao Broadcast Investimentos que a B3 prioriza neste momento a viabilização dos ETFs que distribuem proventos e que seguem índices de ações locais ou internacionais .

“Sendo bem sucedida a conclusão dos testes que estamos fazendo, tanto do lado da B3 quanto do mercado, a partir do começo de 2023 já estaremos aptos a permitir esse tipo de listagem”, afirma Shibata, acrescentando que ETFs de renda fixa e fundo imobiliário com distribuição de proventos também devem ser colocados em discussão.

A Investo já manifestou interesse em ser pioneira para o lançamento desses ETFs em 2023. “Os clientes pedem muito. Seremos os primeiros”, disse Cauê Mançanares, presidente executivo da gestora.

Diversificação internacional

Os ETFs ganharam impulso no Brasil recentemente, com destaque a partir do início da pandemia, quando a taxa básica de juros baixa fez com que investidores buscassem alternativas “mais sofisticadas” para o portfólio, segundo Mançanares, da Investo. A gestora inclusive surgiu nessa onda, com lançamento em 2021 – e agora acumula 32 mil cotistas, R$ 200 milhões sob gestão e 17 ETFs.

Mançanares destaca que os investidores deveriam estar olhando para as oportunidades de diversificação com os mercados globais. Do lado da renda variável, pelos valuations atrativos das grandes empresas, e da renda fixa, pois com a marcação a mercado, “os papéis vão se valorizar quando os juros começarem a cair”, cenário que já está à vista, diz.


Bolsas da Europa fecham em baixa, com geopolítica e incertezas econômicas

As bolsas da Europa fecharam a sessão desta quarta-feira, 16, em queda, em meio a incertezas econômicas e geopolíticas que promoveram um movimento global de aversão a risco. Falas de dirigentes de bancos centrais e outras autoridades foram monitoradas com atenção pelo mercado.

Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,00%, aos 14234,03 pontos; o CAC 40 de Paris baixou 0,52%, aos 6607,22 pontos; o Ibex 35, de Madri, teve baixa de 0,89, aos 8115,40 pontos; o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,35%, aos 5797,76 pontos e em Milão, o FTSE MIB caiu 0,68%, para 24531,27 pontos. Cotações preliminares.

Em Londres, o FTSE 100 fechou em baixa de 0,25%, aos 7351,19 pontos, depois que dados de inflação no Reino Unido mostraram a maior alta anual em 41 anos, de 11,1% em outubro.

Os números alimentaram as expectativas de novos aumentos nos juros pelo banco da Inglaterra (BoE), ainda que parte do mercado acredite que a inflação britânica pode ter atingido seu pico. Neste início de tarde, o presidente do BoE, Andrew Bailey, disse que há sinais perda de fôlego inflacionário em alguns itens, mas novas altas de juros provavelmente serão necessárias.

A discussão sobre o ritmo de elevação de juros pelo principais bancos centrais do mundo está no centro das atenções do mercado. Nos EUA, diversos membros do Federal Reserve têm sinalizado uma desaceleração na magnitude dos aumentos daqui pra frente. O Banco Central Europeu (BCE) também já discute essa questão. Hoje, Ignazio Visco, que além de membro do BCE é presidente do Banco da Itália, afirmou que há argumento para altas menos agressivas de juros nos próximos meses.

As incertezas quanto à perspectiva econômica global, entretanto, continua bastante elevada. Um incidente, na terça-feira, com um míssil na fronteira da Ucrânia com a Polônia acirrou as tensões geopolíticas. Na manhã desta quarta, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou que não houve um “ataque deliberado” da Rússia à Polônia, mas responsabilizou Putin pela “guerra ilegal” que provocou tal situação.

O episódio impulsionou as ações ligadas a defesa e energia na Europa. Os papéis das petroleiras BP e Total subiram mais de 1%. No segmento de defesa, os papéis da Rheinmetall AG, da Thales e da Leonardo contrariam a tendência dos mercados e também tiveram altas que chegaram a ultrapassar 2%.


Maioria das Bolsas da Ásia fecha em baixa, com tensões por míssil na Polônia

As bolsas asiáticas fecharam, na sua maioria, em baixa nesta quarta-feira, 16, sob tensões geopolíticas após um míssil atingir uma região da Polônia próxima à fronteira com a Ucrânia. O disparo do projétil ainda é incerto, mas autoridades norte-americanas afirmaram que, de acordo com informações preliminares, o míssil deve ter vindo da Ucrânia, e não da Rússia. Agora, os mercados aguardam por novas sinalizações de autoridades globais.

A cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se reunirá na manhã de desta quarta para discutir o caso. O míssil que atingiu o território polonês matou duas pessoas e veio em meio a uma série de bombardeios russos sobre infraestruturas ucranianas de energia elétrica.

A princípio, foi creditada a autoria do ataque às forças russas, mas a informação perdeu força depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que isso era improvável dada a trajetória do míssil. Sob condição de anonimato, autoridades americanas afirmaram á Associated Press que o ataque provavelmente veio da Ucrânia, segundo sugerem informações preliminares.

“As ações asiáticas estavam defensivas na quarta-feira, com as tensões geopolíticas impulsionando a ação dos preços”, disse Anderson Alves, da ActivTrades. “Os traders estão esperando por mais desenvolvimentos na frente geopolítica para direcionar os ativos de risco. Qualquer sinal de escalada na situação volátil pode causar uma reação nos mercados”, completou.

O Rabobank destaca que uma eventual escalada do conflito no Leste Europeu ameaça a estabilização da inflação global, a exemplo do que já ocorreu com a guerra na Ucrânia esse ano.

“Sim, leituras mais fracas do PPI, além da leitura estranhamente fraca do CPI dos EUA em outubro, sugerem que a inflação global atingiu o pico. No entanto, quem pensa que agora volta a 2% novamente precisa olhar para um cenário geopolítico que diz que não é esse o caso”, alerta o banco holandês.

A bolsa de Xangai fechou em queda de 0,45%, a 3.119,98 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen composto recuou 0,78%, a 2.038,00 pontos. Na China, pesa ainda a perspectiva de enfraquecimento da economia local, após indicadores fracos nesta semana.

“Embora o recente relaxamento nas restrições da covid-19 indique que mais flexibilização pode ocorrer, acreditamos que uma mudança significativa da política de covid-zero só ocorrerá depois de março de 2023”, de acordo com o Commerzbank.

Exceção nesta quarta, o índice Nikkei, de Tóquio, fechou com ganhos de 0,14%, a 28.028,30 pontos, após abertura negativa. O destaque ficou por conta de ações do setor de energia, como a Mitsui Matsushima (+4,3%), Inpex (+2,0%) e Japan Petroleum Exploration (+3,1%).

O sul-coreano Kospi terminou o dia em baixa de 0,12%, a 2.477,45 pontos, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, fechou em queda de 0,47%, a 18.256,48 pontos. Já o taiwanês Taiex cedeu 0,06%, a 14.537,35 pontos.

Oceania

Na Oceania, o australiano S&P/ASX 200 recuou 0,27%, a 7.122,20 pontos.

*Com informações de Associated Press e Dow Jones Newswires


Bolsas de NY fecham em alta com dados de inflação dos EUA e otimismo por Walmart

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça, 15, sustentadas pela desaceleração da inflação nos Estados Unidos e pelo otimismo sobre resultados das empresas após o balanço do Walmart, embora os índices tenham chegado a flertar com território negativo depois de relatos de que mísseis russos teriam cruzado a fronteira com a Polônia. O índice Dow Jones subiu 0,17%, aos 33592,92 pontos, o S&P 500 avançou 0,87%, aos 3991,73 pontos e o Nasdaq ganhou 1,45%, aos 11358,41 pontos.

As ações dos EUA inicialmente subiram com força após dados dos Estados Unidos mostrarem que a inflação está esfriando e os resultados do Walmart fornecerem otimismo, mas o movimento foi perdendo ímpeto ao longo da sessão e, à tarde, a notícia de que um alto funcionário da inteligência dos EUA disse que mísseis russos atravessaram a Polônia, país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e provocaram a morte de duas pessoas, ajudou a limitar os ganhos. O porta-voz do governo polonês Piotr Mueller não confirmou imediatamente a informação, mas disse que os principais líderes estavam em reunião de emergência devido a uma “situação de crise”.

“Esta é uma escalada significativa, pois a Polônia é um Estado da Otan”, disse a Oanda, em relatório. O documento lembra que, em março, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o país manteria seu compromisso com a Otan, incluindo o artigo 5, que afirma que cada membro da aliança tomará as medidas consideradas necessárias contra um agressor.

No fim da sessão, contudo, traders voltaram a se fixar em sinais sobre a trajetória da inflação enquanto tentam avaliar quando o Federal Reserve como será feita a moderação da trajetória agressiva de aumentos das taxas de juros. “Todo mundo está clamando para que isso aconteça, não importa para qual classe de ativo você esteja olhando”, disse o diretor de pesquisa de Mercados Globais da Boston Partners, Mike Mullaney, em nota.

Hoje, o presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que a atividade empresarial ainda não foi restringida o suficiente pelo aperto monetário a ponto de “reduzir seriamente a inflação”. Ele disse antecipar que mais altas de juros serão necessárias para trazer a inflação americana de volta à meta de 2% de forma consistente. “Como saberei quando estivermos perto dessa marca? Precisarei ver indicadores de afrouxamento generalizado da inflação”, argumentou.

O presidente do Federal Reserve (Fed) da Filadélfia, Patrick Harker, disse que uma alta de 0,50 ponto porcentual nos juros ainda seria “significativa”. “Precisamos ver declínio sustentável na inflação antes de suspender aperto monetário”, disse.

Entre as ações individuais, os papéis do Walmart saltaram quase 7% depois que a varejista divulgou receita que superou as expectativas dos analistas e elevou o guidance para o ano fiscal. As ações listadas nos EUA da Taiwan Semiconductor Manufacturing subiram quase 8% depois que a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, informou uma participação na fabricante de chips. Investidores continuam, contudo, atentos ao contágio dos mercados de criptomoedas.

*Com informações da Dow Jones Newswires


Bolsas da Ásia fecham em alta, após reunião entre Biden e Xi Jinping

As bolsas asiáticas terminaram o pregão desta terça-feira, 15, em alta, apoiadas pela percepção de que a reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e sua contraparte da China, Xi Jinping, serviu para aliviar as crescentes tensões entre as duas maiores potências globais. De olho em possíveis estímulos, ações do setor imobiliário chinês voltaram a saltar em Hong Kong, impulsionado a bolsa local. Os ganhos desta terça vieram apesar de dados que reforçaram a percepção de desaceleração da economia chinesa.

A bolsa de Xangai fechou em alta de 1,64%, a 3.134,08 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen composto subiu 2,05%, a 2.054,09 pontos.

Na segunda-feira, os presidentes de EUA e China se reuniram e adotaram tom conciliatório. Segundo divulgou a Casa Branca, Biden reforçou que os EUA não deixarão de competir com os chineses, mas sem desviar as iniciativas para um confronto. Já Xi afirmou que as tensões recentes não servem a nenhum dos dois países.

“Ações asiáticas tiveram um rali hoje, e isso parece ser devido ao otimismo geral após uma longa reunião entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente chinês, Xi Jinping, na reunião do G20 ontem, que foi seguida por comentários levemente encorajadores sobre a cooperação diplomática”, avalia o ING, em relatório.

O banco holandês, contudo, diz que ainda é cedo para ver a China como um driver chave para a recuperação do sentimento por risco, dados os desafios econômicos do país.

Na noite de segunda-feira, o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) chinês informou que as vendas no varejo caíram em outubro, resultado que contrariou a expectativa de analistas. Já a produção industrial cresceu um pouco acima do esperado, mas desacelerou ante a alta registrada em setembro.

A Pantheon diz que outubro deve marcar o ponto mais baixo da desaceleração da China, à medida que as políticas econômicas mudam no país, após uma pausa nos estímulos por conta do Congresso do Partido Comunista, que terminou em 22 de outubro.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em alta de 4,11%, a 18.343,12 pontos, novamente impulsionado por ações dos setores de tecnologia e imobiliário. Entre as techs, Alibaba e Tencent subiram 11%, enquanto a JD.com avançou 8,3%. Já o subíndice do setor imobiliário do Hang Seng teve alta acumulada de 4,4%. As ações de ambos os setores operam sob expectativas de estímulos do governo chinês e relaxamento das restrições contra a covid-19.

Em Tóquio, o Nikkei fechou com ganhos de 0,1%, a 27.990,17 pontos, mesmo após o Produto Interno Bruto (PIB) do Japão ter contraído no terceiro trimestre ante o segundo. Por lá, ações do Stor financeiro lideraram, como o Sumitomo Mitsui Financial Group (+4,2%) e o Mitsubishi UFJ Financial Group (+2,7%).

Já o sul-coreano Kospi terminou o pregão com alta de 0,23%, a 2.480,33 pontos, e o Taiex, de Taiwan, subiu 2,62%, a 14.546,31 pontos.

Oceania

Contrariando o movimento das bolsas asiáticas, o australiano S&P/ASX 200 recuou 0,07%, a 7.141,60 pontos.

*Com informações de Dow Jones Newswires