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Para presidente do BC, Brasil tem a melhor moeda entre países do G20 em 2022

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Estadão Conteúdos

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou nesta terça-feira, 31, que o real tem tido a melhor performance ante o dólar entre todas as moedas dos países do G20 em 2022. “Parte de desempenho do real deve-se à mensagem do BC de combate à inflação. O Brasil tem feito um trabalho pró-ativo”, afirmou, em audiência pública extraordinária na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados.

Mais uma vez, Campos Neto alegou que o Brasil mantém reservas dentro do volume considerado adequado por organismos como o FMI.

“Não procede a informação de que Brasil tem reservas excessivas. Muitas pessoas dizem que as reservas não servem para nada, mas isso não é verdade”, afirmou o presidente da autoridade monetária. “O BC teve lucro com as reservas equivalente a 4,5% do PIB, que foi transferido para o Tesouro Nacional. Isso mostra que as reservas serviram como seguro quando foi necessário”, completou.

Investidores internacionais

Campos Neto disse ainda que tem recebido ligações de investidores internacionais querendo abrir empresas no Brasil. “Mão-de-obra farta e capacidade de energia renovável são vantagens para Brasil no redesenho das cadeias globais. Energia, alimentos e comércio são as vantagens do Brasil, que pode ser o grande fornecedor desses insumos para o mundo ocidental”, afirmou, na audiência pública extraordinária na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados.

Revisões do PIB

O presidente do Banco Central avaliou também que, após a divulgação do resultado do PIB do primeiro trimestre deste ano pelo IBGE – na próxima quinta-feira, dia 2 – deve haver muitas revisões para cima nas projeções do mercado para o crescimento da economia em 2022. “Estamos em nível de desemprego mais baixo do que a pandemia, mas com renda menor. Tem havido um movimento de geração de emprego surpreendente nos últimos meses”, afirmou.

Apesar da alta da Selic desde março do ano passado, Campos Neto relatou que todos os bancos estão esperando um crescimento de dois dígitos no mercado de crédito neste ano, enquanto a inadimplência segue em patamares baixos.

“Queremos um sistema competitivo e que as margens de crédito não suba tanto em momentos de alta de juros. Os bancos não repassam a totalidade da alta dos juros para os consumidores, porque temos um ambiente competitivo”, completou o presidente do BC.