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Petróleo fecha sem sinal único, volátil e com efeitos do PIB dos EUA no radar

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Estadão Conteúdos

Os contratos futuros de petróleo oscilaram no dia e terminaram sem sinal único, nesta quinta-feira, 28. Em dia de publicação do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre, com contração de 0,9%, houve temores de riscos à demanda, com expectativa de perda de fôlego na atividade global, mas a fraqueza da atividade também pode significar menos altas de juros no país.

O petróleo WTI para setembro fechou em baixa de 0,86% (-US$ 0,84), em US$ 96,42 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para outubro subiu 0,16% (US$ 0,16), a US$ 101,83 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA recuou 0,9% no segundo trimestre, o que configura uma recessão técnica, após a queda dos três primeiros meses do ano. Por um lado, isso pode reforçar expectativas para que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) realize um aperto monetário menos intenso. Por outro, a perda de fôlego para a economia é amplamente esperada, o que pode pressionar a demanda pelo óleo.

A Oxford Economics afirmou, em relatório a clientes, que o dado do PIB mostrou uma economia que desacelera no país, diante das altas de juros e da força da inflação. O Commerzbank, por sua vez, disse ver como “improvável” que o Fed evite uma recessão no início de 2023.

Apesar do quadro misto de hoje, a TD Securities vê espaço para algum ganho nos contratos do petróleo. Na avaliação dela, há riscos importantes também à oferta no quadro atual, o que deve continuar a sustentar os preços. Ela acredita que o crescimento na demanda por energia deve prosseguir positivo, na base de comparação anual, a menos que ocorra um “pouso forçado extraordinário” da economia do mundo, e esse cenário pressionará a capacidade ociosa no setor.