Notícias

Notícias

Reajuste é retaliação do presidente da Petrobras pela sua demissão, diz Lira

Por
Estadão Conteúdos

Após a Petrobras anunciar um novo reajuste nos preços dos combustíveis, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a nova alta é uma retaliação do presidente da Petrobras, Mauro Coelho, pela sua demissão. Coelho foi demitido no mês passado e o chefe da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Caio Mario Paes de Andrade, foi indicado para o posto.

“Estamos perplexos desde ontem, num feriado; presidente da Petrobras com retaliação, não tenho dúvida disso, pela sua demissão. Está demitido pelo acionista majoritário, que é o Brasil. Ele já poderia ter entregue seu cargo. Está postergando sua saída como forma de talvez massacrar, pela sua demissão”, disse Lira em entrevista à GloboNews. “Isso está fazendo mal não só a ele, mas ao Brasil. Está fazendo mal à economia brasileira”, continuou.

Lira voltou a dizer que reunirá o colégio de líderes para discutir a política de preços da Petrobras e tentar reverter o lucro da estatal para a população.

Na quinta-feira, o presidente da Câmara já havia anunciado nas redes sociais que convocaria uma reunião para a próxima segunda-feira, 20.

De acordo com Lira, não há relevância e urgência para que o Conselho da Petrobras, capitaneado pelo presidente, proponha aumento “nesta magnitude” nos preços dos combustíveis.

“A falta de sensibilidade deste presidente, desta diretoria e deste conselho faz com que nós tenhamos que tomar medidas mais duras ainda contra esse monopólio absoluto da Petrobras”, afirmou Lira, durante a entrevista.

Em tom crítico à atuação da Petrobras, Lira disse ainda que a estatal não cumpre com a transparência prevista pela Lei das Estatais.

“Ela Petrobras não revela como faz a contabilização dessa política de preços”, afirmou o presidente da Câmara, destacando a necessidade de acionar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para averiguar o monopólio existente na empresa.

Lira reforçou que, apesar de sempre ter existido um cuidado excessivo com o “fantasma do desabastecimento”, é necessário discutir a política de preços internacionais da Petrobras.