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Shopify demite mil funcionários, cerca de 10% da força de trabalho

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Estadão Conteúdos

A Shopify, empresa canadense de comércio eletrônico, vai demitir cerca de mil trabalhadores, ou 10% de sua força de trabalho global. Isto reverte uma aposta no crescimento do comércio eletrônico que a empresa de tecnologia fez durante a pandemia, de acordo com um memorando interno divulgado ontem

Tobi Lütke, fundador da Shopify, disse aos funcionários, em comunicado, que as demissões são necessárias à medida que os consumidores retomam velhos hábitos de compras e recuam nos pedidos online, que impulsionaram o recente crescimento da empresa.

A Shopify, que ajuda as empresas a criar sites de comércio eletrônico, alertou que espera uma redução da receita este ano. Suas ações caíram quase 80% desde novembro.

Lütke disse que esperava que o crescimento das vendas de comércio eletrônico durasse além dos problemas causados pela pandemia. “Agora está claro que a aposta não valeu a pena”, disse Lütke na carta, que foi publicada pelo jornal americano Wall Street Journal. “Em última análise, esta aposta foi minha decisão, e eu entendi errado.”

A empresa cortará empregos em todas as suas divisões, embora a maioria das demissões ocorra em unidades de recrutamento, suporte e vendas.

Os cortes da Shopify estão entre os maiores até agora em uma onda de demissões e congelamento de contratações que afeta as empresas de tecnologia. O aumento das taxas de juros, a escassez da cadeia de suprimentos e a reversão das tendências da pandemia, incluindo trabalho remoto e compras no comércio eletrônico, esfriaram o segmento.

Várias empresas de tecnologia têm demitido após crescerem durante o período de isolamento social. Em 2022, a Netflix já demitiu cerca de 450 funcionários ao lidar com a perda de assinantes. O Twitter, agora atolado em um impasse legal com Elon Musk, demitiu 100 funcionários. A própria empresa de Musk, a fabricante de veículos elétricos Tesla, cortou cerca de 200 pessoas. Outras empresas, incluindo Microsoft e Google, disseram que vão desacelerar as contratações. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.