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Grandes petroleiras capitalizam alta de preços e geram fluxos de caixa recordes

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Estadão Conteúdos

Grandes petroleiras estão gerando seus maiores fluxos de caixa em anos e atendendo aos apelos dos investidores para devolvê-lo aos acionistas em vez de usá-lo para aumentar a produção. Nesta sexta-feira, as duas maiores empresas de petróleo dos Estados Unidos, Exxon Mobil e Chevron, reportaram seus resultados trimestrais mais lucrativos desde antes do início da pandemia global.

A Exxon registrou lucro de US$ 6,8 bilhões e disse que lançaria um programa de recompra de ações de US $ 10 bilhões a partir do próximo ano.

A Chevron reportou US$ 6 bilhões em receita líquida, seu melhor trimestre desde 2013, e informou que gerou US$ 6,7 bilhões em fluxo de caixa livre, o maior de sua história.

A indústria está colhendo os frutos do ressurgimento dos preços das commodities – os preços do petróleo nos EUA ultrapassaram US$ 80 o barril este mês pela primeira vez desde 2014 – à medida que a economia emerge da estagnação causa pela covid-19.

A demanda global de energia está se recuperando mais rápido do que o previsto, e a produção global de petróleo, embora continue crescendo, está lutando para acompanhar o aumento do consumo.

Investidores e analistas estão observando de perto para ver se a indústria do petróleo sucumbirá à tentação de investir mais dinheiro no crescimento da produção em meio à alta dos preços do petróleo e ao aumento da demanda, ignorando as medidas de austeridade implementadas durante a pandemia.

Depois de anos de retornos fracos, os investidores buscaram garantias dos produtores de que irão moderar o crescimento e se concentrar nos pagamentos aos acionistas.

Alguns investidores querem que as empresas diversifiquem e se voltem para as energias renováveis, à medida que muitos países fazem a transição para fontes de energia mais limpas em meio a preocupações com as mudanças climáticas.