Pesquisa da consultoria Adventures apontou crescimento de 127% nas buscas sobre a Geração Z na internet no último ano. Dados de 2020 do Bank of America apontam que, em dez anos, pessoas nascidas entre 1995 e 2010 vão compor o grupo mais poderoso de consumidores. “As marcas estão em uma fase educacional, de entender quem são essas pessoas, para serem mais assertivas na hora de se comunicar com esse grupo (no futuro)”, diz a analista de estratégia da Adventures, Mariana Gomes.
De olho nessa mudança geracional, empresas recorrem a nomes como o da atriz e apresentadora Maisa Silva, do ator João Guilherme, filho do cantor Leonardo, e das medalhistas olímpias Rayssa Leal e Rebeca Andrade.
Para o consultor de branding Luciano Deos, da consultoria GAD, é natural que companhias tradicionais passem por um processo de renovação com a ajuda dos influenciadores, mas ele aponta que isso não é suficiente para renovar a clientela. “Algumas marcas acabam ficando datadas, e o desafio maior delas é rejuvenescer seus clientes”, diz. “Mas não basta falar com o jovem, é preciso modernizar a oferta para ele.”
No setor premium de carros, a Volvo desembarcou no TikTok para preparar o território para os consumidores de carros 100% elétricos e deixar de lado o estigma de “marca de velho”. Contratou Maisa e Rebeca como embaixadoras. “Estamos tentando falar com essa geração que vai consumir o nosso produto futuro. Estamos plantando uma semente”, diz o diretor de marketing da Volvo, Rafael Ugo.
Sucesso na Olimpíada, Rayssa vem sendo disputada por nomes consolidados do mercado, como a BrasilPrev, braço de previdência privada do Banco do Brasil, e a Hstern.
Já a Lacoste apostou em João Guilherme. Conhecida pelas camisas polo, a marca tenta repaginar o negócio veiculando campanhas nas redes sociais com um elenco mais jovem e diverso e também adaptando o estilo de suas coleções e de suas lojas para o gosto do público jovem.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.