O biocombustível tem avançado em decorrência da quebra de safra de cana-de-açúcar no Brasil – até a primeira quinzena de outubro, a moagem no Centro-Sul recuou 9,56% no acumulado da temporada 2021/22, e a produção de etanol hidratado caiu 17,93% na mesma comparação, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Agora, a região se encaminha para período de entressafra, quando os preços tendem a subir ainda mais. Além disso, o etanol acompanha a gasolina, que vem se valorizando após reajustes da Petrobras.
Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média do hidratado ficou em R$ 4,876 o litro, alta de 4,01% ante a semana anterior.
O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 4,180 o litro, em São Paulo, e o menor preço médio estadual, de R$ 4,876, foi registrado também em São Paulo. O preço máximo, de R$ 7,399 o litro, foi verificado em um posto do Rio Grande do Sul. O maior preço médio estadual também foi o do Rio Grande do Sul, de R$ 6,464.
Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País subiu 7,44%. O Estado com maior alta no período foi Minas Gerais, onde o litro subiu 9,10% no mês. Na apuração semanal, a maior alta de preço foi observada na Bahia, com avanço de 6,73%, para R$ 5,410 o litro.
Competitividade
A gasolina foi mais competitiva que o etanol em todos os Estados e no Distrito Federal na semana de 24 a 30 de outubro, mostra o levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas. Os critérios consideram que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso. Na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 77,20% ante a gasolina.