Durante entrevista à imprensa, Pablo considerou que a reestruturação dá condições para a montadora se manter financeiramente sustentável mesmo que, num cenário de normalização de oferta, a indústria volte a ter menos espaço para repassar aumentos no custo de produção.
Essa mudança de contexto, no entanto, não deve acontecer tão cedo. Para o presidente da Volks na região, a irregularidade no abastecimento de componentes eletrônicos, responsável por paralisar montadoras no Brasil e no exterior, deve se prolongar até o fim do ano que vem, já que fornecedores de semicondutores precisam de tempo para ampliar suas capacidades de produção.
“O tema dos semicondutores vai se arrastar até o fim de 2022 … Vamos ter que conviver com isso durante todo o ano, não somente no primeiro semestre”, prevê Pablo ao discordar de prognósticos do setor que apontam a uma solução da escassez de peças até meados do ano que vem.
De volta ao lucro, o CEO dos negócios da Volks na América Latina sustentou que a montadora poderá tocar dentro de casa – ou seja, sem a necessidade de apoio da matriz na Alemanha – os investimentos de R$ 7 bilhões anunciados nesta sexta-feira.
Parte dos recursos, adiantou, deve ser financiada pelo BNDES, banco com quem a montadora anunciou na quinta um acordo de cooperação no desenvolvimento de tecnologias de propulsão movidas a biocombustível, como o etanol.