“Acho que há certo exagero em como esse termo está sendo usado de forma genérica. Mas mostra um pouco como a inflação tem dominado o noticiário”, disse, em palestra no Meeting News, organizado pelo Grupo Parlatório.
Campos Neto, porém, reconheceu que o mundo emergente está tendo crescimento mais baixo. Segundo o presidente do BC, há um debate sobre o crescimento estrutural no período pós-pandemia. “Brasil sofre um pouco com crescimento estrutural mais baixo em 2022.”
Ele ainda reconheceu que os banqueiros centrais tiveram dificuldade de entender esse pós-pandemia em termos macroeconômicos. “Temos que reconhecer que, de forma geral, economistas e banqueiros centrais tiveram dificuldade de entender o que seria o pós-pandemia.”
Ele lembrou que os últimos números apontam para pacotes fiscais de US$ 9 trilhões no mundo, sendo que quase US$ 4,7 trilhões foram de transferência direta. “Nunca tinha sido feito nessa intensidade, nessa velocidade, em um período de tempo tão curto.”
Campos Neto também citou novamente a melhora da pandemia de covid-19 no Brasil e destacou o aumento de contratos de antivirais em diferentes países desenvolvidos, onde há maior rejeição à vacina, como a Europa.