O índice DXY, que mede a força do dólar ante um cesto de seis moedas competitivas, subiu 0,51%, a 96,031 pontos. Na semana, a alta foi de 0,95%. No fim da tarde, o euro caia a US$ 1,1293 e a libra tinha queda a US$ 1,3448, enquanto o dólar recuava a 113,99 ienes.
Para a Capital Economics, ao se levar em conta as expectativas de aperto monetário nos EUA, o “bull market” do dólar pode ter apenas começado. O aperto nos EUA mais rápido do que outras grandes economias, a desaceleração do crescimento da economia da China e oscilação dos preços das commodities são “uma receita para, pelo menos, a força contínua do dólar e, possivelmente, um aumento adicional substancial”, aponta a consultoria.
O dólar acelerou sua alta após declarações de dirigentes do Fed à tarde. O vice-presidente da autoridade monetária, Richard Clarida, afirmou que, diante de um quadro “muito forte” da economia americana, é “apropriado” a discussão na próxima reunião do Fed, em dezembro, sobre uma maior velocidade no “tapering”. O diretor Christopher Waller também defendeu que a questão seja debatida no último encontro do ano.
Por outro lado, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reafirmou sua defesa de que estímulos não sejam retirados de modo prematuro da zona do euro. O Rabobank reconhece que, há alguns meses, subestimou o debate entre a diferença de tempo para a retirada de estímulos entre Fed e BCE e seu impacto na elevação do dólar. Aponta ainda novos elementos que pesam para o euro: questões geopolíticas relacionadas à crise de migração na fronteira a Belarus, a crise do preço do gás e as notícias de que a região está restabelecendo as restrições pela covid-19.
A Capital Economics aponta que a lira turca caiu 11% em relação ao dólar na semana, mas que nas próximas semanas, o movimento pode seguir e incluir uma desvalorização de 10-15%, levando a moeda americana ao nível de 13 liras. O grande foco foi a decisão do BC de cortar juros ontem de 16% para 15%. No fim da tarde de hoje, o dólar era cotado a 11,2532 liras.
No radar dos mercados também, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou hoje o pacote de quase US$ 2 trilhões em investimentos sociais conhecido como Build Back Better. O texto ainda precisa do aval do Senado, onde deve enfrentar tramitação mais difícil, na visão de analistas.