Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega agendada para dezembro encerrou a sessão em baixa de 2,45%, a US$ 1.806,30 a onça-troy.
O Commerzbank atribui o movimento de queda do ouro nos últimos dias a um dólar “persistentemente firme”, e lembra que a relação entre o euro e a moeda americana está mais uma vez abaixo da marca de US$ 1,13. Entre os elementos que contribuem para tal movimento, o banco alemão cita a publicação de indicadores que mostraram força da economia dos EUA, as restrições em virtude da covid-19 na Europa e a divergência entre os bancos centrais, com o Fed sinalizando um aperto monetário.
Para Edward Moya, analista da Oanda, o movimento de alta dos rendimentos dos Treasuries acelerou parte da fraqueza do ouro, mas é muito cedo para os investidores pensarem que este é o início de uma tendência sustentada. Segundo ele, o metal tem um suporte em torno do nível de US$ 1.800 a onça-troy, e com uma semana de negociação mais curta em virtude do feriado de Ação de Graças, ele poderia se consolidar entre US$ 1.800 e US$ 1.850 antes da reunião de política do Fed de 15 de dezembro.
Sobre a escolha de Biden, o TD Securities reconheceu que poderia ser um catalisador em potencial para uma queda nos preços do ouro. No entanto, “em última análise, esperamos que as nomeações para o Conselho do Federal Reserve resultem em um Fed mais dovish”, avaliou sobre o longo prazo.