Os dois países lideraram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) na coordenação da produção em meio ao choque de demanda causado pela pandemia no ano passado. Outros integrantes do cartel, incluindo Emirados Árabes Unidos, não estão convencidos de que uma pausa no processo seja necessária, segundo as fontes.
Na terça, os Estados Unidos informaram que, em conjunto com outros países, iria vender parte das reservas de petróleo. A medida veio depois de repetidas tentativas de Washington de convencer a Opep+ a ampliar o fornecimento do ativo energético. A Organização se reúne na próxima semana para revisar um acordo de longo prazo que alcançou no início deste ano para aumentar sua produção coletiva de petróleo.
O acordo envolve planos para aumentar a produção em 400 mil barris por dia todos os meses até o próximo ano, até que o grupo atinja seu nível de bombeamento pré-pandemia. O grupo reduziu drasticamente sua produção em 2020, à medida que a demanda evaporou em meio à covid-19.
A liberação de petróleo bruto liderada pelos EUA de até 70 milhões de barris ameaça embaralhar ainda mais o equilíbrio entre oferta e demanda.
Para compensar a nova oferta, Riad e Moscou estão agora considerando uma pausa no aumento coletivo mensal do grupo, disseram delegados da Opep. OS Emirados Árabes Unidos, um poderoso membro da Opep, e o Kuwait estão resistindo a uma pausa, de acordo com os delegados.