De acordo com o relatório, houve crescimento sólido em serviços, embora no menor ritmo em seis meses. O PMI específico do setor cedeu de 54,9 em outubro para 53,6 em novembro.
O patamar, ainda de expansão, é sustentado pela retomada do crescimento das vendas, com aumento do volume de novos pedidos no ritmo mais intenso desde março de 2019, mesmo diante da pressão inflacionária, com aumento sem precedentes dos custos de insumos. O cenário é favorecido pela redução de casos de covid-19 e pelo avanço da vacinação, que ampliaram a demanda e a confiança do mercado.
“É preocupante, no entanto, que a inflação de insumos tenha atingido um novo recorde, um fator que pode diminuir a recuperação nos próximos meses, à medida que custos adicionais continuam afetando os encargos finais”, pondera em nota a diretora associada de Economia da IHS Markit, Pollyanna de Lima. “Dito isso, as empresas estavam confiantes de que o índice de produção aumentaria ainda mais ao longo dos próximos 12 meses, caso a pandemia continue recuando.”
No contraponto à atividade de serviços, a indústria ajudou a conter o PMI Composto, com a redução mais expressiva da produção em um ano e meio. As vendas agregadas no geral, porém, registraram aceleração, pois o avanço entre os prestadores de serviços mais do que compensou a redução nas vendas de fábricas.
Em novembro, ambos os setores criaram postos de trabalho, com maior destaque para serviços. Já o índice de preço de insumos no setor privado subiu no ritmo mais acentuado da série histórica, com foco no setor industrial, apesar de as empresas de serviços terem registrado aumento recorde nos custos de insumos.