No ano, porém, as exportações estão abaixo do total até novembro do ano passado: somaram 455.185 toneladas, queda de 36,3% em relação a janeiro a novembro de 2020 (715.044 toneladas), conforme dados divulgados pelo Siscomex.
Segundo o presidente do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), Clineu Alvarenga, após um período de baixo interesse pelas usinas siderúrgicas, no momento há um importante aumento da demanda, o que levou o setor a priorizar as vendas no Brasil.
“O mercado interno está abastecido de sucatas metálicas e em condições de atender plenamente as usinas siderúrgicas e fundições”, afirma Alvarenga.
O presidente do Inesfa lembra que as empresas processadoras de sucata sempre dão preferência no abastecimento do mercado brasileiro, exportando apenas volumes excedentes quando há baixo interesse das siderúrgicas locais. “A exportação é uma forma de manter as operações das empresas para garantir a subsistência do ciclo de materiais recicláveis e o sustento de milhares de pessoas, incluindo 1 milhão de catadores, quando o consumo cai no país ou os preços são reduzidos por pressão das usinas siderúrgicas”, afirma.
A procura de sucata ferrosa no Brasil vem reagindo nos últimos meses e pode superar 9 milhões de toneladas neste ano, 13,1% acima de 2020, que fechou em 7,957 milhões de toneladas, nas previsões do Inesfa.
Em relação às importações, houve um crescimento em novembro, mas explicado, conforme fontes do mercado, pela chegada de um navio com carga antiga que estava aguardando liberação para desembarque. As importações atingiram 32.935 toneladas em novembro deste ano, em comparação a apenas 3.342 toneladas em outubro e 2.518 toneladas em novembro de 2020.