No fim da tarde em Nova York, o índice DXY avançava 0,23%, aos 96,317 pontos, com o euro em baixa a US$ 1,1285. A libra caia a US$ 1,3218, e o dólar recuava a 113,60 ienes.
A Western Union nota que as expectativas de que o Fed esta semana poderia deixar os hawkish “soltos” permitiu que o dólar se recuperasse novamente após uma semana com queda. Segundo a análise, a maior inflação dos EUA (6,8%) em 39 anos e o menor desemprego (4,2%) em 21 meses sugerem que o Fed vai soar mais hawkish em sua declaração de política e em suas projeções econômicas para o próximo ano. Hoje, pesquisa divulgada pelo Fed de Nova York apresentou aumento nas expectativas de inflação de curto prazo, passando de 5,7% em outubro para 6%, e queda na de médio prazo (4% ante 4,2%), sendo este o primeiro declínio desde junho deste ano.
No caso do euro, a Western Union aponta que a moeda comum caiu para as mínimas de uma semana em relação ao seu homólogo americano, com a semana dos bancos centrais destacando as divergências de políticas, uma fonte importante da fraqueza do euro neste ano. Quanto ao BCE, analistas esperam que ele deve sinalizar o término do seu principal programa de compra de ativos – conhecido como PEPP – em março, conforme previsto.
No caso da libra, pesou a preocupação com a variante ômicron do coronavírus, em sessão marcada pelo anúncio da primeira morte no país em decorrência da mutação. Levando o tema em conta, analistas esperam que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) não aumente juros na próxima reunião, algo que vinha sendo cogitado antes dos maiores temores pela variante. Para o ING, a elevação da taxa deve ocorrer apenas em fevereiro. Em meio a crise cambial recente, as atenções entre emergentes seguem com a lira turca, em semana na qual o banco central local também decide juros. No fim da tarde, a moeda avançava ante o dólar, que caía a 13,8333 liras.
matheusg.andrade@estadao.com