Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para janeiro subiu 0,20% (US$ 0,14), a US$ 70,87, enquanto o do Brent para o mês seguinte teve alta de 0,24% (US$ 0,18) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 73,88.
Antes da melhora do humor entre investidores, o petróleo “somava às perdas recentes enquanto os operadores se concentraram nas preocupações de que a variante Ômicron empurrará o mercado de petróleo bruto para um superávit de oferta nos primeiros meses de 2022”, segundo comenta o TD Securities, em relatório enviado a clientes.
A noção de que haverá excesso de oferta no ano que vem foi reiterado pelo último relatório de perspectiva da Agência Internacional de Energia (AIE), segundo o Commerzbank. O banco alemão destaca os planos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que “pretende expandir ainda mais sua produção no próximo ano até que todos os cortes feitos em 2020 tenham sido revertidos”.
Além disso, o mercado ficou de olho em indicadores divulgados na terça-feira à noite na China. A produção industrial do país cresceu 3,8% na comparação anual de novembro, ante expansão de 3,5% em outubro, enquanto os investimentos fixos em ativos, as vendas no varejo e de moradias chinesas desaceleraram. A leitura de que os dados indicaram desaceleração da economia chinesa pesou sobre commodities industriais nesta quarta.
Além do Fed, o forte recuo de 4,584 milhões de barris nos estoques de petróleo dos EUA – mais que o dobro do estimado – deu certo suporte para o óleo nesta quarta. A Capital Economics diz que o movimento nos estoques se deu à medida que a demanda interna e as exportações se fortaleceram, além do recuo nas reservas estratégicas do óleo.