O adiamento atende a pedido das montadoras, representadas pela Anfavea, que vinham apontando dificuldade de concluir a produção dentro do prazo do programa diante da falta de peças, sobretudo componentes eletrônicos – um problema global -, nas linhas de montagem.
Apesar dos argumentos contrários colocados pelo Ministério Público de que a transição à nova fase do Proconve era conhecida há três anos, de forma que as montadoras poderiam ter se antecipado nesse período, o Ibama abriu exceção aos carros que, por falta de componentes específicos, não tiveram produção concluída até o último dia de 2021.
Nesses casos, a indústria poderá finalizar os automóveis até 31 de março, com venda deles liberada nos três meses seguintes – ou seja, até o fim de junho.
Como a confirmação do novo prazo só veio na última quinta-feira, com a publicação da instrução normativa do Ibama, montadoras com disponibilidade de peças correram para finalizar carros incompletos na reta final de 2021, adiando em alguns casos o recesso de fim de ano nas fábricas.
A produção do setor no mês passado só será revelada na manhã de sexta-feira pela Anfavea. Em novembro, a montagem de veículos, já refletindo essa corrida contra o tempo, foi, até agora, a maior do ano passado, com 206 mil unidades fabricadas, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.