“Não teve predomínio de atividades no campo negativo, algo muito comum no ano de 2021”, disse Macedo. “Ainda assim, o setor industrial permanece com essa característica de queda na produção”, completou.
As influências negativas mais importantes no mês de novembro foram de produtos de borracha e de material plástico (-4,8%) e metalurgia (-3,0%). Outras contribuições relevantes vieram de produtos de metal (-2,7%), bebidas (-2,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-4,5%) e produtos diversos (-4,5%).
Na direção oposta, entre as 13 atividades com expansão, as altas de maior impacto em novembro foram de produtos alimentícios (6,8%), indústrias extrativas (5,0%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (2,9%, o primeiro resultado positivo desde abril de 2021).
Dados comparativos
Com a piora registrada na produção em novembro, a indústria brasileira passou a operar 4,3% aquém do patamar de fevereiro de 2020: apenas oito das 26 atividades investigadas se mantêm operando em nível superior ao pré-crise sanitária. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgados na manhã desta quinta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em novembro de 2021, os níveis mais elevados em relação ao patamar de fevereiro de 2020 foram os registrados pelas atividades de máquinas e equipamentos (14,6%), minerais não metálicos (10,3%), produtos de madeira (10,0%), outros produtos químicos (2,5%) e metalurgia (1,5%). No extremo oposto, os segmentos mais distantes do patamar de pré-pandemia são manutenção e reparação de máquinas e equipamentos (-29,0%), vestuário (-19,2%), móveis (-18,1%), couro, artigos de viagem e calçados (-16,5%) e veículos (-16,3%).
Entre as categorias de uso, a produção de bens de capital está 13,5% acima do nível de fevereiro de 2020, e a fabricação de bens intermediários está 1,0% abaixo do pré-covid. Os bens duráveis estão 23,3% abaixo do pré-pandemia, e os bens semiduráveis e não duráveis estão 8,0% aquém do patamar de fevereiro de 2020.
Revisões
O IBGE revisou o resultado da produção industrial em junho ante maio, de -0,3% para -0,5%. A taxa de maio ante abril saiu de 1,2% para 1,3%, a de abril ante março passou de -1,4% para -1,5%, enquanto a de março ante fevereiro saiu de -2,8% para -2,7%.
O resultado dos bens de capital em outubro ante setembro foi revisto de 2,0% para 1,8%. Na categoria de bens de consumo duráveis, a taxa de outubro ante setembro passou de -1,9% para -1,8%. Nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis, a taxa de outubro ante setembro saiu de -1,2% para -1,3%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física.