A expansão do ITE-Facamp em novembro colocou fim a uma sequência de quatro quedas consecutivas na margem, iniciada em julho de 2021. Com o resultado, a média móvel trimestral do ITE acelerou de -0,7% no período até outubro para -0,3% nesta leitura.
Em 12 meses, o indicador acumula alta de 10,0%.
“A leve alta do ITE-Facamp em novembro não altera o diagnóstico de desaceleração da atividade indicado pela sua média móvel e por vários outros indicadores setoriais, como a produção industrial e, mais recentemente, o setor de serviços”, afirmam os pesquisadores do Núcleo de Estudos da Conjuntura (NEC) da Facamp, em nota de divulgação do índice.
Segundo os analistas, a redução da renda real, fraca geração de empregos e falta de uma política anticíclica pelo governo, em meio à elevação da taxa Selic, fazem com que qualquer dinamismo alcançado pela atividade tenha curta duração.
Em 2022, a fraqueza do mercado de trabalho, perda de densidade do parque industrial do País, inflação resistente e juros em alta não sinalizam uma forte recuperação da atividade, dizem os pesquisadores.
O indicador
Segundo o NEC-Facamp, o ITE teve coeficiente de correlação de Pearson (r) de 0,83 com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), a principal proxy mensal do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, em agosto de 2021.
Em relação ao PIB, o coeficiente de correlação é de 0,77 no terceiro trimestre de 2021.
O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) divulga o ITE-Facamp entre os dias 10 e 15 de cada mês.