No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 114,53 ienes, o euro subia a US$ 1,1451 e a libra tinha alta a US$ 1,3714. O DXY caiu 0,74%, a 94,915 pontos.
O DXY chegou a ter alta modesta no início do dia, mas ainda antes do CPI já caía. Com o dado, acelerou o movimento. O CPI mostrou alta de 7,0% em dezembro, na comparação anual, como esperado por analistas. Na comparação mensal, ele subiu 0,5%, ante expectativa de alta de 0,4%.
Para a Oxford Economics, o CPI reforça o argumento por uma alta de juros em março nos EUA. A Capital Economics e analistas em geral têm apontado esse mês como provável. Entre os dirigentes do Fed, James Bullard (St. Louis) foi o mais recente a concordar sobre março, prevendo ainda quatro altas de juros como algo provável ao longo de 2022. Para Neel Kashkari (Minneapolis), a inflação tem se mostrado mais elevada e persistente do que o esperado.
O dólar tenderia a subir com a perspectiva de aperto monetário, mas analistas têm destacado que, após avanços recentes, esses movimentos do Fed já foram incorporados pelos mercados.
À tarde, o DXY recuou mais, após a divulgação do Livro Bege. O documento mostrou que houve crescimento sólido de preços a clientes, segundo contatos do Fed, mas alguns deles apontam que as altas nos preços desaceleraram um pouco “do ritmo robusto visto nos últimos meses”. O Livro Bege destacou ainda que o crescimento do país segue contido por problemas em cadeias e pela falta de trabalhadores.
Ante outras moedas, o dólar subia a 74,758 rublos. O ING aponta em relatório que o Ministério das Finanças da Rússia aumenta compras em moeda estrangeira em janeiro. O banco holandês diz que isso reflete maior arrecadação fiscal e outros fatos ocorridos no país. Para o ING, a intervenção no câmbio limitará a valorização do rublo no mês atual, mas a moeda russa pode se valorizar ao longo do ano, contanto que riscos geopolíticos não se exacerbem.