“Foi outra semana agitada para os mercados de ações europeus, com a fraqueza nos mercados de ações dos Estados Unidos culminando em um final de semana negativo”, diz o analista-chefe para mercados da CMC Markets, Michael Hewson.
O economista afirma que as especulações sobre o ritmo de aumento das taxas de juros básicos nos EUA mantêm os investidores “no limite”.
O índice pan-europeu Stoxx 600 cedeu 1,04%, a 481,16 pontos, com queda semanal de 1,05%.
Em Londres, o FTSE caiu 0,28%, a 7.542,95 pontos, nesta sessão. Na semana, porém, acumulou avanço de 0,77%. Hewson destaca que esta é a quarta semana de ganhos para o índice londrino, que tem sido apoiado pelas altas nos papéis das petroleiras recentemente.
Em Frankfurt, o DAX cedeu 0,93%, a 15.883,24 pontos, terminando a semana com perda de 0,40%. Em Paris, o CAC 40 recuou 0,81%, a 7.143,00 pontos – com baixa semanal de 1,06%. Na Alemanha, dados preliminares mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 2,7% no último ano. O resultado veio em linha com a expectativa do mercado e segue uma contração de 4,6% vista em 2020.
Ainda entre indicadores, o Reino Unido registrou produção industrial acima do esperado em novembro.
Nesta sexta, Lagarde reforçou a preocupação do BCE com a inflação. A presidente da autoridade monetária afirmou que as pressões inflacionárias têm impulsionado os preços na zona do euro e que o BCE adotará “todas as medidas necessárias” para levar a inflação ao consumidor de volta à meta.
Nos EUA, dirigentes do Fed também demonstraram preocupação com a inflação. O presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, disse que três ou quatro altas dos juros básicos devem ocorrer no país ainda em 2022.
Em Milão, o FTSE MIB caiu 1,08%, a 2.7543,96 pontos, cedendo 0,27% na semana.
Já nas praças ibéricas, o PSI 20 cedeu 1,21%, a 5.636,79 pontos (alta de 0,66% na semana), e o IBEX 35 recuou 0,12%, a 8.806,60 pontos, segundo dados preliminares.