A queda do dólar tem influência do apetite por ativos de risco no exterior, que apoia a demanda pelas commodities e beneficia a maioria das divisas de países emergentes exportadores de matérias-primas, que sobem ante o dólar nesta manhã. A possível continuidade de um fluxo de capitais de investidores estrangeiros para mercados emergentes está sendo monitorada pelos agentes financeiros.
Mas a moeda americana já exibiu viés de alta frente o real, de forma pontual mais cedo. Os investidores ficaram atentos ao IPCA-15 de janeiro, que desacelerou ante dezembro, mas veio acima das medianas esperadas pelo mercado na margem e em 12 meses. Além disso, a moeda americana opera em alta ante pares principais no exterior. Os mercados globais estão à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e monitorando tensões geopolíticas envolvendo Ucrânia e Rússia.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,58% em janeiro, após ter avançado 0,78% em dezembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou dentro das estimativas do mercado financeiro, consultadas pelo Projeções Broadcast, que variavam de 0,35% a 0,73%. Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 registrou um aumento de 10,20% no acumulado em 12 meses, acima da mediana de 10,06% e dentro do intervalo (+9,95% a +10,42%).
Às 9h50 desta quarta, o dólar à vista tinha viés de baixa de 0,07%, a R$ 5,4319. Na máxima, subiu a R$ 5,4404. O dólar para fevereiro recuava 0,24%, a R$ 5,4370.