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Bolsas de NY fecham em queda, de olho em balanços, Fed e dados dos EUA

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Estadão Conteúdos

As bolsas de Nova York fecharam no negativo, após uma sessão marcadamente volátil. Depois de publicarem seus resultados trimestrais, Tesla, Boeing, Visa e McDonald’s viram suas ações cair, enquanto os papéis da Mastercard ficaram no azul. Os dados mais recentes de auxílio-desemprego, encomendas de bens duráveis e Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos estiveram no radar, enquanto investidores ainda absorvem as repercussões da mais recente decisão monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

O Dow Jones cedeu 0,02%, a 34.160,78 pontos, o S%P 500 caiu 0,54%, a 4.326,51 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 1,40%, a 13.352,78 pontos.

A Tesla recuou 11,55% na sessão desta quinta-feira, após ter informado lucro líquido abaixo da expectativa do mercado. O CEO Elon Musk disse ainda que não há intenção de lançar novos modelos ainda neste ano, com o intuito de focar na produção.

Já a Intel caiu 7,04%, depois de informar queda de 21% no lucro em comparação a igual período do ano anteior. Para a International Paper (-1,94%), o recuo foi de 30% na mesma base comparativa. As ações da McDonald’s também tiveram baixa, de 0,44%, após registrar lucro aquém do esperado.

A Boeing, por sua vez, teve baixa de 2,33%. A companhia teve prejuízo de mais de US$ 4 bilhões no último trimestre, com perdas de mais de US$ 7 por ação. A estimativa era de um prejuízo de US$ 0,36. Na contramão, a Mastercard teve lucro e receita acima do esperado no mesmo período. Suas ações subiram 1,70% nesta quinta.

A Pershing Square Capital Management, comandada por Bill Ackman, disse nesta quinta ter comprado 3,1 milhões de ações da Netflix desde a última sexta-feira. Na quarta-feira, os papéis da companhia de streaming fecharam em US$ 359,70, no pior nível desde março de 2020. Com base nesse valor, as ações compradas pela Pershing equivaleriam a cerca de US$ 1,12 bilhão. A Netflix registrou alta de 7,51% nesta quinta-feira, mas mantém-se com queda de quase 24% em relação aos valores de uma semana atrás.

Entre os indicadores, os EUA registraram queda maior do que o esperado nas encomendas de bens duráveis em dezemro, enquanto os pedidos de auxílio-desemprego da semana passada vieram abaixo do projetado. O dado com maior repercussão, porém, foi o PIB americano, que registrou avanço de 5,7% em 2021. No anterior, houve uma contração de 3,4% em meio à pandemia da covid-19. O presidente Joe Biden celebrou o resultado.

No quarto trimestre, o PIB do país subiu 6,9% à taxa anualizada. O Wells Fargo acredita que tal força não deve se sustentar, enquanto o ING prevê até mesmo contração neste primeiro trimestre.

No radar das mesas de operação, estão ainda as projeções de altas de juros do Fed neste ano, que divide analistas. O BNP Paribas subiu suas apostas de quatro para seis e o Deutsche Bank, de quatro para cinco. A Capital Economics, por sua vez, mantém sua projeção de quatro aumentos em 2020.

O conflito entre Rússia e o Ocidente segue presente no noticiário. A Casa Branca disse ainda ser possível uma saída diplomática em relação à crise na Ucrânia, mas reforçou a orientação para que seus cidadãos deixem o país.

*Com informações da Dow Jones Newswires.