A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 subiu de 11,956% ontem no ajuste para 12,115% (regular e estendida) e a do DI para janeiro de 2025, de 10,97% para 11,12% (regular) e 11,14% (estendida). A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 encerrou em 11,255% (regular e estendida), de 11,115%.
O documento acabou por corrigir o tom “dove” lido no comunicado, no qual o BC indicava que reduziria a dose de aperto, mas sem se comprometer com qualquer número para a reunião seguinte, e dava maior peso ao ano de 2023 no horizonte relevante. “Hoje a comunicação foi mais conservadora. A régua subiu para parar em março”, afirma o economista-chefe da Greenbay Investimentos, Flávio Serrano.
Entre os elementos “hawkish” da ata, além de citar “ajustes adicionais” nas próximas reuniões, enfraquecendo a tese de apenas mais um aumento, o texto afirma que o Copom concluiu que o ciclo de deverá ser mais contracionista do que o utilizado no cenário de referência ao longo do horizonte relevante. Chama a atenção ainda para possíveis efeitos altistas de “políticas fiscais baixistas” – leia-se PEC dos Combustíveis. “Mesmo políticas fiscais que tenham efeitos baixistas sobre a inflação no curto prazo podem causar deterioração nos prêmios de risco, aumento das expectativas de inflação e, consequentemente, um efeito altista na inflação prospectiva”, destacou o BC.
Segundo Serrano, no fim sessão regular, a precificação da curva indicava quase 100% de chance de alta de 1 ponto porcentual para o Copom de março; cerca de 80% de chance de 0,50 ponto para maio e 80% de probabilidade de 0,25 ponto para o encontro de junho. A Selic está hoje em 10,75%.
Nos Departamentos Econômicos, o dia também foi de revisão nas expectativas. Segundo Pesquisa do Projeções Broadcast, a mediana entre os economistas convergiu para o fim do ciclo em maio, com Selic de 12,25%, após a ata, superando a mediana do último levantamento, de 11,75%, da última quinta-feira, após a divulgação do comunicado do Copom.