O ouro para abril, contrato mais líquido, fechou em alta de 0,47%, a US$ 1.836,60 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
De acordo com o analista Edward Moya, da Oanda, os preços do ouro continuam a se consolidar antes do relatório de inflação dos EUA, que deve trazer novas sinalizações sobre o aperto monetário pelo Federal Reserve(Fed). “O ouro subiu provisoriamente após a queda nos rendimentos dos títulos globais, mas não conseguiu ultrapassar os limites superiores de sua faixa de negociação ampliada”, destaca.
Ainda de acordo com Moya, os riscos geopolíticos continuarão a fornecer algum suporte para o ouro, já que uma redução imediata da situação da Ucrânia parece improvável, assim como um renascimento do acordo nuclear com o Irã. “O mercado de ouro está dividido sobre qual será o próximo passo e isso deve ser uma boa notícia. A flexibilização agressiva ainda parece o caminho menos provável para o Fed e, se algumas das expectativas mais agressivas caírem, o ouro continuará a subir”, afirmou.
Para o Commerzbank, a maior demanda por ouro como um porto seguro atualmente em meio à crise na Ucrânia é presumivelmente a razão de seu preço firme. “No entanto, não prevemos grandes saltos no preço do ouro nos próximos meses. O Fed provavelmente iniciará um ciclo de alta de juros em março. O desempenho do preço do ouro até então provavelmente estará contido. Afinal, no segundo semestre do ano, os participantes do mercado provavelmente começarão a olhar para 2023 – e podem então precificar mais aumentos nas taxas do Fed”, pondera o banco, em relatório enviado a clientes.