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Ouro fecha em alta, com dólar e Treasuries em queda de olho no Fed e Ucrânia

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Estadão Conteúdos

O contrato mais líquido do ouro fechou em leve alta nesta quarta-feira, 9, em uma sessão com o dólar fraco e os rendimentos dos Treasuries em queda – fatores que beneficiam o metal precioso. Além disso, o mercado, que em geral está com maior apetite ao risco hoje, segue na expectativa pelo índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, que será divulgado amanhã. As tensões geopolíticas na Ucrânia também continuam no radar.

O ouro para abril, contrato mais líquido, fechou em alta de 0,47%, a US$ 1.836,60 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

De acordo com o analista Edward Moya, da Oanda, os preços do ouro continuam a se consolidar antes do relatório de inflação dos EUA, que deve trazer novas sinalizações sobre o aperto monetário pelo Federal Reserve(Fed). “O ouro subiu provisoriamente após a queda nos rendimentos dos títulos globais, mas não conseguiu ultrapassar os limites superiores de sua faixa de negociação ampliada”, destaca.

Ainda de acordo com Moya, os riscos geopolíticos continuarão a fornecer algum suporte para o ouro, já que uma redução imediata da situação da Ucrânia parece improvável, assim como um renascimento do acordo nuclear com o Irã. “O mercado de ouro está dividido sobre qual será o próximo passo e isso deve ser uma boa notícia. A flexibilização agressiva ainda parece o caminho menos provável para o Fed e, se algumas das expectativas mais agressivas caírem, o ouro continuará a subir”, afirmou.

Para o Commerzbank, a maior demanda por ouro como um porto seguro atualmente em meio à crise na Ucrânia é presumivelmente a razão de seu preço firme. “No entanto, não prevemos grandes saltos no preço do ouro nos próximos meses. O Fed provavelmente iniciará um ciclo de alta de juros em março. O desempenho do preço do ouro até então provavelmente estará contido. Afinal, no segundo semestre do ano, os participantes do mercado provavelmente começarão a olhar para 2023 – e podem então precificar mais aumentos nas taxas do Fed”, pondera o banco, em relatório enviado a clientes.