Bullard, que tem direito a voto nas reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) este ano, já havia argumentado em favor de uma normalização mais agressiva na última quinta-feira. Nesta segunda-feira, ele afirmou que o argumento é “bom” e que tentará convencer o restante do Comitê a segui-lo.
O dirigente acrescentou que o conjunto das quatro leituras mais recentes de inflação ao consumidor nos EUA o levou a revisar suas expectativas para a política monetária.
De acordo com ele, o Fed precisa garantir ao público que retomará o controle do quadro inflacionário e que está comprometido com a meta de 2%.
Bullard ainda disse que a redução do balanço de ativos deveria começar no segundo trimestre e que, apesar disso, o Fed não estaria impondo uma política “restritiva”, apenas retirando o elevado nível de acomodação monetária.
PIB
O presidente da distrital do Federal Reserve em St. Louis destacou ainda que projeta crescimento “entre 3,5% e 4%” no Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos em 2022, com queda da taxa de desemprego a “menos de 3%”. As previsões foram feitas também em entrevista à CNBC.
Bullard afirmou que a maior economia do planeta deve se beneficiar do arrefecimento da onda da variante Ômicron do coronavírus já a partir do segundo trimestre. Na visão dele, as avaliações financeiras das empresas americanas estão “fortes” e devem seguir assim ao longo deste ano.
O dirigente também minimizou o impacto das tensões geopolíticas na economia dos EUA. Para ele, os riscos são maiores para a Europa. “Não vejo Ucrânia como grande questão macroeconômico neste momento”, comentou.
Bullard disse ainda que tem tentando convencer o FOMC a retirar estímulos de maneira mais rápida. Para ele, a alta de juros e a redução do balanço de ativos iniciais serão “baratas”, por causa da solidez da economia.