Já as exportações, de praticamente US$ 1,3 bilhão, refletem o crescimento das vendas de produtos químicos, em valor, de 43% na comparação com o mês de janeiro do ano passado, mas redução de 20,5% em relação a dezembro de 2021. No mês, o volume de pouco mais do que 1,2 milhão de toneladas sinaliza retrações de 5,5% em relação a janeiro de 2021 e de 30,8% na comparação com dezembro passado, com significativos recuos nas quantidades físicas vendidas ao exterior de produtos químicos inorgânicos (-35,5%), de orgânicos (-25,4%) e de resinas termoplásticas (-8,4%).
O resultado da balança comercial para o primeiro mês do ano foi de um déficit superior a US$ 3,7 bilhões, no mês, e de US$ 47,2 bilhões, em bases anualizadas, respectivamente novos recordes para meses de janeiro e últimos doze meses (fevereiro de 2021 a janeiro de 2022).
Segundo a Abiquim existem “mais evidências de que 2022 será um ano particularmente crítico para o setor, no qual previsibilidade regulatória e fortalecimento de uma agenda robusta de competitividade terão papel central para toda a cadeia produtiva, com consequências enormes para milhares de empregos e para o futuro da indústria química nacional”.
Para o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, mudanças bruscas no ambiente de negócios do comércio exterior causam turbulências irreparáveis para o setor produtivo instalado, para os investidores e, com isso, impactam a economia brasileira como um todo. “Segurança jurídica e publicidade oficial das estatísticas de operações aduaneiras são ativos estratégicos para as avaliações de cenário e planejamentos empresariais, setoriais e das próprias políticas públicas de comércio exterior”, comenta.
O setor industrial defende prioritariamente neste momento a garantia de existência do Regime Especial da Indústria Química (Reiq), nos termos previstos em lei, e o religamento imediato do SISCORI, sistema de dados estatísticos sobre operações aduaneiras.