De acordo com o ONS, a demanda por energia foi influenciada em janeiro pelo recuo em vários segmentos econômicos. “Essa queda, que se iniciou na Indústria no final do ano de 2021, aos poucos foi atingindo todos os segmentos. Sob a influência da piora do quadro pandêmico com a chegada da variante Ômicron ao Brasil, a confiança do setor de Serviços e o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) foram os que mais caíram em janeiro/22, com queda de 4,3% e 5,3% respectivamente”, afirmou o operador, no boletim.
A ocorrência de chuvas, durante as duas primeiras semanas do mês, também contribuiu para a diminuição da carga, segundo o ONS. “Ressalta-se que as altas temperaturas observadas a partir da terceira semana operativa, nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul e o maior número de indivíduos em suas residências devido ao período de férias e ao home office que voltou a se intensificar com o avanço da variante Ômicron, levaram a uma elevação significativa da carga voltada para refrigeração, atenuando o efeito dos fatores citados anteriormente na carga”, acrescentou, ressaltando que a carga ajustada, – que exclui o efeito de fatores fortuitos e não econômicos – apresentou variação positiva de 0,3% em janeiro no Sistema Interligado Nacional (SIN).
Entre as regiões geográficas, observou-se grande variação de comportamento da carga em janeiro. O Sul, que vem sofrendo com uma forte estiagem, registrou expansão de 6,9%, ante janeiro de 2021, com 13.778 MW médios. No Norte, a alta foi de 2,2%, para 5.718 MW médios.
Já no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do País, houve queda de 1,6%, com 41.452 MW médios, enquanto a Região Nordeste apresentou declínio de 4,4%, para 11.248 MW médios.