“A tramitação delas não deveria demorar, já temos o acordo aí, inclusive do presidente da Câmara (Arthur Lira), e há consciência de que a tramitação na Câmara será muito rápida”, afirmou Prates. Ao defender que haverá celeridade, o senador afirmou que o projeto que cria uma conta de estabilização de preços será encaminhado para a Câmara pelo Senado, onde ainda precisa ser votado, “sem arestas”. “Um dos projetos já vem de lá (que promove mudanças na cobrança do ICMS) e o outro vai daqui para lá sem arestas, então é uma questão de mais uma semana”, disse o relator das medidas.
As declarações foram divulgadas por Prates em vídeo nesta segunda, enquanto esquentam no Executivo discussões sobre um programa de subsídio aos combustíveis, com validade de três a seis meses para compensar a alta do petróleo no mercado internacional, conforme mostrou o Broadcast. O senador petista pontuou que a movimentação do governo ocorre “às vésperas” de o Congresso votar o pacote de estabilização dos preços.
“O Congresso vem discutindo (o tema) e o governo vem pedindo o tempo todo para dar mais tempo, para adiar, para pensar melhor, e agora vai sucumbir exatamente a uma medida de emergência nos moldes do que estamos propondo, só que sem discussão nenhuma”, reclamou o senador. “Me parece algo de um governo que não sabe o que fazer, não sabia, alegava que não podia fazer nada, e agora de repente reconhece que o preço de paridade de importação (PPI) é um erro”, completou.
Mais cedo, Prates também havia comentado a declaração do presidente Jair Bolsonaro, que nesta segunda voltou a criticar a política de preços da estatal. “O que estou falando há três anos, agora está caindo a ficha. Ótimo, vamos fazer o trabalho juntos, vamos alterar, o presidente tem mais poder do que todos nós para fazer essa alteração”, afirmou.