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Moedas: dólar avança, com cautela ante conflito e risco de mais sanções à Rússia

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Estadão Conteúdos

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou nesta segunda-feira, 7, em quadro de cautela nos mercados internacionais em geral. O conflito na Ucrânia e a possibilidade de mais sanções contra a Rússia, inclusive no setor de energia, apoiaram a demanda pela divisa americana, enquanto o rublo atingiu mínimas históricas.

No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 115,29 ienes, o euro caía a US$ 1,0868 e a libra tinha baixa a US$ 1,3109. O índice DXY subia 0,55%, a 99,186 pontos.

A notícia de que pode os EUA e aliados avaliam a possibilidade de impor sanções contra o setor de energia da Rússia apoiou a cautela. Isso representaria uma escalada nas punições contra Moscou e teria consequências econômicas importantes. O Goldman Sachs afirmou em relatório hoje que parece provável haver mais sanções, mas considerou que o impacto nos EUA pode ser contido num primeiro momento, já que os mercados teriam em parte incorporado esse risco aos ativos. Já o Barclays alertava que o conflito na Ucrânia impulsiona as forças inflacionárias, enquanto lança dúvidas sobre as perspectivas de crescimento.

No mercado cambial, o BBH disse, em relatório a clientes, que o sentimento de fuga do risco dava o tom no início da semana. Além disso, o banco de investimentos lembrava que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) continuou a sinalizar alta de juros no dia 16, mesmo diante do quadro geopolítico na Europa.

A moeda da Rússia segue em foco, com mínimas históricas, bastante pressionada com as sanções já adotadas e a possibilidade de endurecimento maior contra o país. No horário citado, o dólar avançava a 139,535 rublos. O Banco Central da Rússia criou um regime temporário de pagamento de dívida, com credores recebendo em rublo, exceto em casos de “permissões especiais”, segundo comunicado da instituição.

Ainda na Europa, o euro chegou a reduzir perdas logo cedo, após dados de encomendas à indústria e vendas no varejo da Alemanha, mas recuou no dia. Para o ING, a guerra a Ucrânia eleva o risco de estagflação na zona do euro e complica o trabalho do Banco Central Europeu (BCE), em contexto de maior incerteza.