O DXY encerrou o dia em alta de 0,63%, aos 99,124 pontos, subindo 0,48% na semana. No fim da tarde em Nova York, o euro recuava a US$ 1,0910, a libra cedia a US$ 1,3032 e o dólar se fortalecia a 117,32 ienes.
Durante a manhã, Putin disse em reunião com o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, que houve “desdobramentos positivos” nas negociações entre autoridades russas e ucranianas que negociam um cessar fogo. O comentário aumentou o apetite por risco e tirou força do dólar no mercado cambial.
Este movimento, porém, foi revertido durante a tarde após o ministro de Relações Exteriores, Dmitro Kuleba, relatar que não houve progresso nas conversas, em entrevista à Bloomberg TV. Também no radar, a representante dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU), Linda Thomas-Greenfield, alertou sobre a possibilidade da Rússia utilizar armas químicas e biológicas no conflito, e a União Europeia (UE) defendeu a adoção de mais sanções.
Em relatório, a Capital Economics avalia que esta semana não mostrou sinalizações claras de escalada do conflito, e por isso algumas das moedas mais atingidas desde a invasão da Rússia há mais de duas semanas recuperaram um pouco do terreno perdido ante o dólar. Essa retomada, porém, parece “precária”, de acordo com a consultoria, que prevê mais volatilidade no mercado cambial na semana que vem.
Ao mesmo tempo, há a expectativa pela reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) na próxima quarta-feira (16), que deve tomar o foco das atenções ao menos brevemente, espera a casa. “Esperamos um aumento de 25 pontos-base e um compromisso contínuo com um ciclo de aperto agressivo, que pode reacender o rali do dólar”, conclui a Capital.
Entre moedas emergentes, o rublo russo se recuperava fortemente ante o dólar no começo do dia, com a divisa americana indo à mínima de 112,122 rublos, na esteira do comentário de Putin. O movimento perdeu força ao longo da sessão, mas ainda assim o dólar chegou ao fim da tarde em baixa a 133,035 rublos.