“Não dá para ter previsibilidade de nada. Se a guerra perdurar, não podemos descartar a possibilidade de outras medidas, como um estado de emergência, guerra, calamidade, a depender do cenário que vamos enfrentar. No momento de instabilidade com a guerra, tudo vai depender do tempo que isso vai levar”, afirmou a ministra durante entrevista no evento “Sob o Olhar Delas, uma Conferência de Política e Economia”, organizado pela XP Inc.
Os efeitos da guerra já são sentidos no País. Ontem, a Petrobras anunciou reajuste nos preços da gasolina, diesel e GLP, o gás de cozinha, medida atribuída à “elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia” devido ao conflito. As sucessivas altas nos combustíveis afetam a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que disputará a reeleição.
A decretação de estado de calamidade permitiria ao governo abrir os cofres em pleno ano eleitoral, quando as regras para despesas são mais rígidas. Como mostrou o Estadão/Broadcast a possibilidade de um decreto desse tipo é criticada por autoridades e especialistas.