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Moedas Globais: índice DXY do dólar tem leve alta, com dados, Rússia e Fed

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Estadão Conteúdos

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, chegou a recuar nesta terça-feira, 15, mas terminou o dia com ganhos modestos. Investidores monitoraram a guerra na Ucrânia e as negociações entre este país e a Rússia, bem como dados da Europa. Além disso, posicionavam-se para a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira, 16.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 118,32 ienes, o euro caía a US$ 1,0952 e a libra tinha alta a US$ 1,3045. O DXY subiu 0,10%, a 99,097 pontos.

O euro perdeu fôlego após dados piores do que o previsto de produção industrial da zona do euro e da confiança na Alemanha. A produção da indústria da região ficou estagnada entre dezembro e janeiro, quando analistas previam alta de 0,2%. O ING alertou que, com a guerra na Ucrânia e surtos de covid-19 na China com consequentes restrições à circulação no país asiático, os problemas nas cadeias de produção da zona do euro devem voltar a crescer.

Na Alemanha, o índice ZEW de expectativas recuou a -39,3 em março, ante previsão de 3,0 dos analistas. O Morgan Stanley considerou que o índice mostrou o impacto do conflito na Ucrânia na confiança alemã. O índice ZEW teve a maior queda de sua série histórica e o próprio instituto responsável disse que a guerra torna uma recessão na Alemanha “cada vez mais provável”.

Em dia marcado pela forte queda do petróleo, investidores monitoraram as negociações entre Rússia e Ucrânia, ainda sem reviravoltas. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu mais sanções contra a Rússia para pressioná-la a recuar. O Canadá impôs sanção contra mais autoridades russas pela guerra e a Rússia reagiu vetando a entrada no país do premiê Justin Trudeau. No horário citado, o dólar caía a 109,3050 rublos.

Ainda no noticiário, a Arábia Saudita negocia com Pequim para precificar algumas de suas vendas de petróleo para a China em yuan, em vez de dólar, segundo fontes ouvidas pela Dow Jones Newswires. Ao falar sobre a moeda chinesa, porém, a Capital Economics considera que ela deve perder força frente ao dólar ao longo deste ano. Em relatório a clientes, a consultoria afirma que há certa deterioração no sentimento da China, cita o fato de que o Fed deverá elevar juros, enquanto o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) mantém postura relaxada, e projeta que o superávit em conta corrente da China deve voltar aos níveis pré-pandemia. Com isso, a capital espera que o yuan desvalorize nos próximos meses, projetando que o dólar atinja 6,70 yuans por volta do fim deste ano.

Amanhã, há expectativa pela decisão do Fed. A grande maioria de investidores e analistas espera uma elevação de 25 pontos-base dos juros nos EUA, e haverá foco também nas projeções atualizadas do BC americano.