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Ouro fecha em queda, em meio a apetite por risco e à espera do Fed

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Estadão Conteúdos

O ouro fechou em baixa nesta quarta-feira, com o mercado ansioso pelo provável aumento do juro do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em comunicado a ser divulgado ainda no período da tarde. A perspectiva de um Fed hawkish pressiona o preço do ouro, pois o metal é sensível ao movimento do dólar e dos juros dos Treasuries em resposta ao BC dos EUA. Sinais de que Ucrânia e Rússia avançaram em negociações para encerrar a guerra também pesaram sobre o metal precioso, uma vez que aumentou o apetite por risco de investidores.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril recuou 1,06%, a US$ 1.909,20 por onça-troy.

Segundo o TD Securities, se o Fed optar por uma comunicação de orientação mais agressiva nesta quarta, os preços do ouro podem experimentar uma queda coordenada à medida que investidores reduzem a demanda pelo ativo. Neste sentido, o gráfico de pontos pode ser importante para estimar o caminho da política monetária neste ano, diz o banco. “Esperamos um aumento na mediana de projeções para cinco altas em 2022, de três anteriormente, e um aumento além disso pode ser visto como muito hawkish“, destaca.

O ouro também foi prejudicado pelo apetite por risco elevado nesta quarta, em resposta a um reportagem do Financial Times sobre avanços nas conversas entre Rússia e Ucrânia por um acordo de paz para encerrar a guerra no Leste Europeu.

Porém, segundo o governo ucraniano, a reportagem reflete apenas o lado russo da história. Secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, ainda afirmou que não desejo por paz entre autoridades da Rússia.

Para o Julius Baer, as quedas do ouro nas últimas semanas – US$ 150 abaixo do pico recente – mostram que o mercado já precificou o “status quo da guerra”.