O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou negativo em R$ 42,8 milhões, uma perda 4 vezes maior do que um ano antes, quando ficou negativo em R$ 10,3 milhões.
A receita líquida totalizou R$ 17,3 milhões, retração de 53,3%. A margem bruta ajustada encolheu 9,4 pontos porcentuais, para 8,9%.
A dívida líquida cresceu 72%, para R$ 376 milhões, e a alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) subiu de 27,7% para 57%.
Em sua apresentação de resultados, a Tecnisa informou que o prejuízo decorreu de perdas com rescisão e negociação de contratos com clientes, bem como acordo para pagamento de IPTU em obras já entregues, mas cuja cobrança ainda estava em discussão.
A incorporadora também reportou receita menor devido à queda na venda, e à maior participação de unidades na planta (que geram menor faturamento na largada).
Os lançamentos da Tecnisa cresceram 47,9%, para R$ 390,5 milhões. As vendas contratadas recuaram 17,2%, para R$ 92,7 milhões.
A companhia lançou cinco projetos no acumulado do ano, totalizando R$ 843 milhões – o maior volume de lançamentos desde 2013. O volume, entretanto, foi insuficiente para cumprir a meta do biênio 2020-21, atingindo 93% do previsto.
A Tecnisa observou que o ano está marcado por muitas incertezas, como a guerra no leste europeu e seus impactos sobre as cadeias globais de suprimentos, a proximidades das eleições no Brasil e os riscos de novas variantes do coronavírus. Também disse que os últimos meses foram difíceis em virtude dos juros e da inflação mais altos.
Diante desse quadro, a Tecnisa anunciou que fará novos esforços para ganho de eficiência. Ela cita que já houve readequação da estrutura administrativa com redução do quadro de pessoal em cerca de 30% e renegociação de contratos com fornecedores.
A empresa disse esperar um aumento no volume de vendas por meio de reforço das campanhas de marketing e incentivos aos corretores. Também afirmou que segue confiante na continuidade de lançamentos, com destaque para os projetos a serem lançados no Jardim das Perdizes (zona oeste de São Paulo) e na região na Alameda Lorena, bairro Jardins, também na capital paulista.
A Tecnisa tem um projeto aprovado, de R$ 313 milhões, e sete projetos em processo de obtenção do alvará na Prefeitura de São Paulo, que totalizam R$ 1,964 bilhão.