Segundo o relatório, a atividade econômica americana cresceu em ritmo “modesto a moderado” desde o último Livro Bege, divulgado em janeiro. Nos primeiros meses do ano, houve uma desaceleração por conta do aumento dos casos de covid-19 no país, em especial no setor de hospitalidade, por conta da onda da variante Ômicron, embora o impacto tenha sido apenas temporário.
O clima severo em algumas partes dos EUA também foi citado como fator prejudicial. Com isso, os gastos de consumidores reduziram durante os dois primeiros meses de 2022, relata o Livro Bege.
Gargalos, demanda e condições financeiras
Os gargalos enfrentados pela cadeia de suprimentos continuam restringindo a atividade, segundo notaram todos os 12 distritos do Fed, e a atividade manufatureira segue em expansão apenas “modesta”, bem como no setor de energia.
Já a demanda por residências continuou forte nos EUA, embora as vendas de casas não tenham subido consideravelmente, devido a fatores sazonais e baixos estoques.
Por fim, contatos no setor bancário relataram ao Fed certo “enfraquecimento das condições financeiras”, mas a demanda por empréstimos ficou estável.
Inflação
Os preços cobrados dos clientes “aumentaram em ritmo robusto pelo país”, afirma o Livro Bege. Segundo o documento, alguns distritos chegaram a reportar aceleração nos preços.
Os custos em alta das empresas foram citados como fator primordial para sustentar as elevações dos preços em vários setores, “com os custos elevados de transportes particularmente significativos”. Os custos com pessoal também avançam e, somado à falta de alguns insumos, contribuíram para os preços mais elevados para as empresas.
“As companhias reportaram uma capacidade maior de repassar preços aos clientes”, diz o Livro Bege. “Na maioria dos casos, a demanda tem seguido forte apesar das altas nos preços”, afirma. As empresas ainda afirmaram que esperam altas adicionais nos preços “ao longo dos próximos vários meses, conforme elas continuam a repassar as altas nos custos”, aponta o relatório.