Notícias

Notícias

Bolsas de NY fecham em queda, por escala de temores na Ucrânia e payroll

Por
Estadão Conteúdos

As bolsas de Nova York fecharam no vermelho nesta sexta-feira, 4, com a escalada de tensões na região da Ucrãnia. Um míssil russo atingiu a maior usina nuclear da Europa e o tom das respostas do Ocidente se intensificou. Mesmo o resultado mais forte do que o previsto no relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, não foi suficiente para evitar a queda em Wall Street.

O índice Dow Jones caiu 0,53%, a 33.614,80 pontos, o S&P 500 cedeu 0,79%, a 4.328,87 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 1,66%, a 13.313,44 pontos. Na semana, a queda foi de 1,30%, 1,27% e 2,78%, respectivamente.

Reportagens em veículos internacionais mostraram que, nesta madrugada, a Rússia bombardeou a usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, a maior da Europa. Mais tarde, forças russas tomaram o controle da usina. Na ONU, os Estados Unidos disseram que o mundo escapou por pouco de uma “catástrofe nuclear”, enquanto a Rússia afirmou ser alvo de mentiras e desinformação, e ter apenas evitado “ameaças nucleares” por “nacionalistas ucranianos”.

O G7 garantiu que seguirá com sanções severas a Moscou, enquanto os EUA incluíram o setor de petróleo russo sob suas sanções. Já a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) condenou o ataque. A expectativa é que uma terceira rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia ocorra neste fim de semana.

Paralelamente, a S&P Dow Jones Índices (S&P DJI) anunciou que irá retirar ações listadas e/ou sediadas na Rússia de todos os seus índices em Nova York a partir da próxima terça-feira, 09. O país também será reclassificado de “mercado emergente” para “standalone”.

Já o governo russo decidiu hoje que o uso do Facebook, da Meta Platforms (-1,43%), está banido no país.

Pela manhã, dados oficiais mostraram um mercado de trabalho forte nos EUA, com a criação de 678 mil empregos em fevereiro acima da previsão de analistas. O presidente Joe Biden celebrou o resultado, mas com o foco sobre o conflito no continente europeu, o índice não foi suficiente para assegurar alta das bolsas. Em relatório, a Pantheon Macroeconomics diz que ala dovish do Federal Reserve (Fed) deve ser a mais agradada pelo payroll, enquanto a Oxford Economics prevê que o aperto monetário pelo banco central americano deve se iniciar, de fato, em março, com alta de 25 pontos-base nos juros básicos.

Na contramão dos demais setores, os papéis ligados a energia registraram os principais avanços. Com a alta robusta do petróleo nesta sessão, assim como durante a semana, as petroleiras ExxonMobil (+3,76%), Chevron (+1,56%), ConocoPhillips (+2,94%) e Cheasepeake Energy (+8,27%) ficaram no azul.