Com o resultado de março, o indicador fechou o primeiro trimestre com alta de 9,2% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 6,7% ante o quarto trimestre de 2021.
No acumulado em 12 meses, o registro de inadimplentes arrefeceu levemente de 4,7% para 4,6%.
“Essa desaceleração, contudo, tende a ser pontual, como a queda mensal em janeiro (-0,7%). A curva de longo prazo deve retomar o ritmo de aceleração nos próximos meses”, explica a Boa Vista em nota. “Pesa sobre a capacidade dos consumidores de manter as contas em dia a combinação de inflação e juros elevados, expectativa de que este quadro perdure por mais tempo e baixas projeções de crescimento, que podem inibir a contínua recuperação do mercado de trabalho.”
O indicador de Recuperação de Crédito, por sua vez, avançou 6,4% em relação a fevereiro e 11,3% na comparação com março de 2021. O índice registrou alta de 13,6% no primeiro trimestre ante igual período do ano passado, mas a variação acumulada em 12 meses arrefeceu de 5,1% para 4,3% neste mês.
“Vale ressaltar que, assim como nos dois primeiros meses do ano, parte dessa recuperação também se deve ao aumento no fluxo de inadimplentes, que tem sido forte. No entanto, livrar-se das restrições de crédito não elimina o risco de crédito, tanto que a projeção é de elevação na taxa de inadimplência ao longo deste ano”, acrescenta a Boa Vista.