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Ouro fecha em alta, com cautela nos mercados por China, Ucrânia e Fed

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Estadão Conteúdos

O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em leve alta nesta segunda-feira, 11, diante da maior busca por segurança nos mercados, que reagem aos riscos à economia chinesa, às perspectivas por aperto monetário nos Estados Unidos e às incertezas sobre a guerra na Ucrânia. O avanço dos juros dos Treasuries, no entanto, limitou os ganhos.

O ouro para junho encerrou a sessão com valorização de 0,13%, a US$ 1.948,20 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Os negócios em todo o mundo ficaram sob pressão ao longo do dia, com sinais de que o número de casos de coronavírus na China continuam em trajetória ascendente. O cenário levanta preocupações sobre as já pressionadas cadeias de produção, que impulsionam a inflação pelo mundo.

Nesse ambiente, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) chinês avançou 1,5% na comparação anual de março, acelerando ante alta de 0,9% em fevereiro, segundo informou o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, pela sigla em inglês). O índice de preços ao produtor (PPI) se elevou 8,3% no mesmo confronto.

O quadro se juntou aos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia no contexto de cautela generalizada. Ainda assim, os juros longos dos Treasuries subiram, apoiados por sinalizações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) adotará postura mais firme no combate à inflação. O movimento reduziu os ganhos do ouro, uma vez que ambos os ativos competem como reserva de segurança.

Para o TD Securities, os participantes do mercado do metal precioso podem estar incorporando o “ceticismo” sobre a visão de que os juros neutros necessários para conter a inflação são muito elevados, dado que a escalada inflacionária reflete principalmente choques de oferta.