No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 123,63 ienes, o euro caía a US$ 1,0903 e a libra tinha baixa a US$ 1,3070. O DXY avançou 0,48%, a 99,472 pontos.
O DXY chegou a recuar no início do dia, mas passou a subir com dirigentes do Fed sinalizando firmeza na luta contra a inflação. Entre os dirigentes do BC americano, Esther George disse que a normalização pode ocorrer mais rápido que no ano passado, enquanto Lael Brainard ressaltou a importância de conter a inflação, sem descartar eventual postura mais forte com essa finalidade. Mais tarde, a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, também destacou a força recente da inflação e o compromisso do BC para conter isso.
Na frente geopolítica, a guerra na Ucrânia segue como foco importante. Após ameaças de crimes de guerra, o Tesouro americano anunciou hoje mais sanções contra a Rússia, enquanto a União Europeia caminha para selar um novo pacote de sanções. No horário citado, o dólar subia a 84,285 rublos.
Em relatório, o BBH afirma que o dólar é apoiado pelo avanço dos juros dos Treasuries, por sua vez impulsionados pela postura do Fed. Para o banco de investimentos, o DXY pode, nesse contexto, testar a máxima de 99,418 do mês passado.
Sobre o euro, o estrategista-chefe da Guide, Alex Lima, afirma em relatório que há certa correlação entre o fluxo de notícias da guerra e a desvalorização da moeda comum. Com o tempo, conforme diminuam essas notícias, isso deve afetar de modo positivo o sentimento, considera. Lima afirma ainda que o Fed “está reprecificando inflação muito mais rapidamente” que o Banco Central Europeu (BCE). Com isso, ele diz que “parece haver um valor a ser destravado do euro quando o BCE sinalizar uma guinada na política monetária, o que nos parece iminente”.
Hoje, o economista-chefe do BCE, Philip Lane, reiterou sua previsão de que a inflação na zona do euro atingirá seu pico em meados de 2022, perdendo fôlego no segundo semestre.