O anúncio foi feito pelo publisher do NYT, A.G. Sulzberger: “Para muitas pessoas, especialmente aquelas que trabalharam com Joe – um jornalista brilhante e um líder corajoso e cheio de princípios -, esse anúncio não deve vir como uma surpresa”, afirmou, em comunicado. “Ele tem um histórico de auxiliar jornalistas a produzir seus trabalhos mais ambiciosos e corajosos.”
No período em que Baquet ficou à frente do NYT, o jornal ganhou 18 prêmios Pulitzer, além de ter transformado sua atuação da edição impressa para a digital.
O total de assinantes da versão online passou de pouco menos de 1 milhão, em 2014, para os atuais 10 milhões. Hoje, a publicação tem uma Redação de 1,7 mil jornalistas, a maior de sua história.
Carreira
Editor do jornal de sua escola durante o colegial, Joseph Kahn foi também presidente do diário The Crimson, da Universidade de Harvard, antes de se graduar em História em 1987. Posteriormente, voltou à mesma universidade para um mestrado em Estudos Asiáticos e começou a aprender mandarim.
Já em 1989, começou a trabalhar para o The Morning News, escrevendo artigos esporádicos a partir de Pequim. Após a cobertura dos protestos na Praça da Paz Celestial, naquele ano, ele convenceu a publicação de Dallas, Texas, a mantê-lo no país como correspondente. Em 1994, ainda no The Morning News, ele foi um dos vencedores do Pulitzer por cobertura internacional.
Quando o prêmio veio, ele já trabalhava no The Wall Street Journal, a partir de Xangai. O jornalista chegou ao NYT em 1998. No jornal, ele cobriu Wall Street e economia até voltar para a China, onde, em 2003, tornou-se chefe da sucursal de Pequim. Em 2006, ganhou outro Pulitzer, ao lado de Jim Yardley.
Em 2008, Kahn voltou a Nova York e, em 2011, foi escolhido como editor de Assuntos Internacionais. Nos últimos anos, ele já era a segunda figura mais importante na hierarquia da Redação.