O Focus foi atualizado nesta terça-feira, 26, após mais de três semanas sem divulgação devido à greve dos servidores do Banco Central, que foi suspensa até o dia 2 de maio. No documento com a data de referência de 1º de abril, a mediana para a Selic no fim de 2022 estava em 13,00%, seguindo em 13,00% no relatório de 8 de abril e oscilando a 13,05% no dia 15.
No Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de março, o colegiado indicou a intenção de novamente elevar a Selic em 1 ponto porcentual em maio, de 11,75% para 12,75% ao ano%, e, em comunicações posteriores, o colegiado sinalizou tendência de encerrar o ciclo no mês que vem.
Depois da surpresa com o IPCA de março (1,62%), contudo, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, apontou que o comitê iria analisar se houve mudança de tendência e que poderia reavaliar as estratégias.
No Boletim Focus, os economistas do mercado financeiro mantiveram a mediana para a Selic no fim de 2023. Na última semana, a estimativa seguiu em 9,00%, de 9,00% um mês antes. A previsão para o fim de 2024 continuou em 7,50%, ante 7,50% de um mês atrás.
No relatório do dia 1º de abril, a projeção para 2023 já era de 9,00%, se mantendo inalterada nos últimos relatórios. Para 2024, da mesma forma, a estimativa se manteve em 7,50% durante todo o período. A previsão para o fim de 2025 continuou em 7,00%, mesmo porcentual das últimas semanas e também de um mês atrás.
Fim do ciclo de alta
O fim do ciclo de alta da taxa Selic deve acontecer em junho, conforme a mediana das Expectativas do Mercado, divulgada pelo Banco Central, com o juro básico a 13,25% ao ano, patamar em que deve continuar até o fim de 2022, segundo a expectativa. Para maio, a mediana aponta para aumento de 11,75%, patamar atual, para 12,75%.
Na semana anterior, a estimativa mediana para a Selic no Copom de maio já era de 12,75%, mas em junho apontava para 13,05%, chegando a 13,25% em agosto, e depois voltando a 13,05% na última reunião do ano.
As Expectativas de Mercado ainda apontam para redução da Selic na primeira reunião de 2023, a 13,00%, ante 12,75% da mediana da semana anterior. No fim do ano, a previsão continuou em 9,00%.