De acordo com o executivo, apesar da alta dos custos de produção e da escalada da Selic nos últimos meses – hoje em 11,75% ao ano -, a demanda por crédito rural continua forte. Naegele lembra que o setor vem de cerca de quatro safras com altas margens de lucros. No ciclo 2021/22, apesar de os custos terem subido, a guerra na Ucrânia elevou os preços das commodities.
Em 23 de março, o Banco do Brasil começou a aceitar pedidos de crédito para a próxima safra, que começa em julho. Segundo o executivo, até o momento a procura pelos recursos ainda não está maior do que há um ano. No entanto, ele pondera que o ritmo normalmente começa a acelerar a partir de junho.
“Lançamos em março para o produtor ter mais uma opção de crédito, até porque tem a suspensão das linhas com equalização”, explica, referindo-se ao congelamento nos bancos, desde o início de fevereiro, de novos pedidos para diversas linhas do Plano Safra, com taxas subsidiadas, por falta de recursos.
‘Reserva’
No Banco do Brasil, cerca de R$ 3,5 bilhões estão congelados no momento, mas os recursos já estão comprometidos para os produtores, de acordo com Naegele. “Isso é dinheiro para médio e grande produtor, do Pronamp (programa focado nos médios) e para investimentos.
Deixamos os produtores apresentarem suas propostas, acolhemos, mas não estão aprovadas por uma questão de sistema. Só posso aprovar quando o Tesouro der autorização”, disse.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.