“O crescimento da economia brasileira em fevereiro continua sendo explicado, principalmente, pelo desempenho do setor de serviços. Este setor segue com variação interanual acima da observada na agropecuária e na indústria, em praticamente todos os meses, desde meados do ano passado. Mesmo considerando a variação em fevereiro, frente a janeiro, o desempenho do setor também foi de crescimento. Por ter sido o mais impactado pela pandemia, a fraca base de comparação apresentada no setor de serviços favorece o seu bom desempenho atual”, avaliou Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB – FGV, em nota oficial.
Trece pondera que, embora os resultados mostrem o setor de serviços como fundamental para o desempenho da economia no início deste ano, o cenário de inflação, juros e desemprego elevados pode prejudicar a manutenção desse processo de crescimento no decorrer do ano, afetando também o próprio PIB.
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
No trimestre terminado em fevereiro de 2022 ante o mesmo período de 2021, a economia cresceu 1,7%. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias teve elevação de 2,1%, sustentado pelo componente de serviços.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) cresceu 0,4% no período. As exportações aumentaram 12,5%, impulsionadas pelos produtos agropecuários. Já as importações tiveram retração de 2,1%.
Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 1,332 trilhão no primeiro bimestre de 2022, em valores correntes.
A taxa de investimento da economia foi de 19,9% no mês de fevereiro de 2022.