Idealizado em 2018 e batizado de Surplus, o projeto é liderado pela CH Master Data, responsável pelo processo de cadastro de materiais das empresas parceiras. A iniciativa identifica oportunidades de sinergia para dar uma nova destinação aos materiais.
Por meio de sua base de dados, que já tem cerca de 3 milhões de itens mapeados, a plataforma da CH Master Data faz um cruzamento dos dados e localiza quais itens de um cliente podem agregar valor a outro e vice-versa. A troca é feita seguindo padrões de compra e venda convencionais das companhias e de suas respectivas áreas de atuação.
A iniciativa permite amenizar impactos financeiros da operação industrial sem a necessidade, por exemplo, de as empresas assumirem prejuízos com aprovisionamentos de compras e reposição de peças. Os valores dos itens são mais competitivos, vendidos a custo médio de mercado, com alguns materiais chegando a custar até 70% do preço de peças novas.
Assim que concluir o processo de troca com a BP Bunge, a Tereos pretende ampliar essa solução para gerar mais possibilidades ao setor sucroenergético e estender as transações com outras empresas parceiras do programa. De acordo com levantamento da própria CH Master Data, apenas no setor agro há um potencial de cerca de R$ 200 milhões a ser destravado com as trocas.
No médio prazo, o principal benefício da troca e reutilização de materiais está relacionado ao meio ambiente. A destinação de insumos não usados reduz o impacto ambiental na geração de resíduos.
O diretor de Suprimentos da Tereos, Carlos Martins, disse em nota que “acreditamos que estamos construindo no agronegócio um processo inovador que pode gerar valor para a Tereos e outras empresas além de dar continuidade a nossas iniciativas de otimizar nossa cadeia de fornecimento”.