Apesar da melhora de ritmo na margem, as vendas caíram 15,9% se comparadas a abril de 2021. Quando se compara os volumes registrados em igual mês de cada ano desde 2006, as vendas do mês passado só são melhores do que as de abril de 2020, quando as concessionárias fecharam em razão da chegada da pandemia e o mercado totalizou menos de 60 mil veículos.
Desde o início do ano, 552,8 mil veículos foram vendidos no Brasil, queda de 21,4% frente aos quatro primeiros meses de 2021 e o volume mais baixo, entre iguais períodos, dos últimos 16 anos.
O corte concedido pelo governo no fim de fevereiro no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) tem sido até agora tímido em estimular o consumo de automóveis. Após sucessivos aumentos de preços há mais de um ano, e agora pressionada pela escalada dos juros, a demanda perde força, o que se traduz em aumento dos estoques de carros.
Na abertura por segmento, as vendas de carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, recuaram 16,8% em abril ante o mesmo mês do ano passado, somando 136,3 mil unidades. Líder do mercado, a Fiat é a marca de 22,2% dos carros vendidos desde o início do ano. Na sequência, aparecem General Motors (14%), Toyota (11,1%) e Hyundai (10,7%).
As paradas de produção por falta de componentes prejudicaram as vendas de caminhões, cuja queda na comparação interanual foi de 4,4%, para 9,4 mil unidades no mês passado. Já as vendas de ônibus – 1,5 mil unidades no mês passado – subiram 9% frente ao total registrado em abril de 2021, mostrando que o setor, fortemente afetado pela pandemia, segue a retomada permitida pela imunização.