O empresário diz que ainda espera resolver o que chama de insegurança jurídica no processo de recuperação judicial da Itapemirim. Ele diz ter intenção de colocar no ar a ITA – com este ou outro nome – seis meses após fechar o negócio de vez.
O anúncio de que um comprador ficaria com a ITA pegou o mercado de surpresa, ainda mais por se tratar de um grupo desconhecido no Brasil – Baufaker mora nos EUA – e sem tradição no setor.
Conforme reportagem do Estadão, a consultoria Baufaker, inicialmente anunciada como compradora, fica em um centro comercial de Taguatinga, cidade satélite de Brasília, onde funciona uma empresa de cercas elétricas.
Mas o que atraiu Baufaker para uma empresa sem tradição e com muitos débitos, incluindo dívidas milionárias com fornecedores de aeronaves e meses de salários atrasados da equipe? Segundo o próprio Baufaker, foi o time que conseguiu botar em pé um negócio com pouco dinheiro e disputando espaço em um setor muito competitivo. “Eu tenho condições de montar uma empresa do zero. Mas a ITA teve um corpo operacional que fez a empresa acontecer. Esse é o valor da empresa”, diz.
O empresário sabe que recuperar a ITA será um caminho ladeira acima. Ele diz ter reunião na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) amanhã. E tem consciência de que terá de convencer fornecedores a dar à empresa novo voto de confiança. Mesmo otimista sobre o futuro, Baufaker admite que a operação atual, com apenas uma aeronave, é inviável. “Não posso iniciar a operação com apenas uma aeronave, é inviável. Dependendo do tipo de negociação, poderemos ter novas aeronaves, tudo dependerá dos acordos com fornecedores.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.